A TIM (TIMS3) foi escolhida pelo Citi como a ação preferida no setor de telecomunicações da América Latina. O banco recomenda compra do papel e estipula preço-alvo de R$ 26. Já a Vivo (VIVT3) recebeu recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 35, mesma indicação para a América Móvil (AMX), cujo ADR foi fixado em US$ 22.
De acordo com os analistas, a TIM é o veículo mais “limpo” para capturar as tendências favoráveis da telefonia móvel após a consolidação do setor. O otimismo se apoia em três pilares:
- mais oportunidades de acelerar receita e melhorar margens com up-selling de planos pré-pagos, que representam 55% da base móvel;
- crescimento mais rápido do fluxo de caixa;
- valoração mais barata, negociada a 11,9 vezes o preço sobre lucro e com dividend yield estimado em 9% em 2026, patamar superior ao de Vivo e América Móvil.
Ajustes na América Móvil
O Citi também revisou a projeção para a América Móvil, dona da Claro no Brasil, elevando o preço-alvo para US$ 22 por ADR ante US$ 20. A recomendação caiu para neutro, já que a ação acumula alta de 36% no ano.
“Apesar de continuarmos enxergando bom desempenho operacional, antecipamos um ambiente mais competitivo no México”, apontou o relatório.
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Perspectiva para o setor
No geral, o Citi mantém uma visão positiva sobre os fundamentos do setor, embora recomende atenção ao valuation, dado que, por sua natureza madura e defensiva, o segmento tende a apresentar performance mais contida em momentos de maior apetite por risco no mercado.
Após a consolidação da Oi em 2022, o panorama das telecomunicações brasileiras passou a apresentar condições mais favoráveis, segundo avaliação do Citi.
O setor tem se beneficiado de receitas crescentes de forma contínua, menor demanda por novos investimentos em infraestrutura e maior capacidade de distribuir dividendos aos acionistas.
Ainda assim, os analistas destacam que a competição segue concentrada entre TIM, Vivo e Claro (América Móvil), mantendo certo grau de incerteza no mercado.
A possibilidade de expansão de clientes pré-pagos para planos híbridos ou pós-pagos, que geram receita média superior e margens mais altas, pode ter limites ao longo do tempo. A entrada de novos concorrentes continua sendo considerada um risco improvável, mas com potencial impacto relevante caso ocorra.
*Com informações do Money Times