Site icon Seu Dinheiro

Suzano (SUZB3) reporta prejuízo no 4T24, mas tem bancão elogiando o balanço e prevendo alta de até 40% para as ações 

Suzano (SUZB3)

Suzano (SUZB3)

À primeira vista, juntar “alta”, “Ibovespa” e “prejuízo” na mesma frase pode soar estranho, mas foi o que aconteceu com Suzano (SUZB3) nesta quinta-feira (13). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Revertendo o lucro bilionário do terceiro trimestre, a gigante de papel e celulose registrou prejuízo líquido de R$ 6,737 bilhões entre outubro e dezembro de 2024, causado mais uma vez pela variação cambial. 

No entanto, as ações SUZB3 chegaram a aparecer entre as maiores altas do Ibovespa hoje, subindo quase 2,14%, cotadas a R$ 59,21. 

Alguns pontos nos resultados da Suzano no quarto trimestre ajudam a entender por que o mercado, desta vez, não se decepcionou com a empresa. 

LEIA TAMBÉM: Hub de investidores serve como ‘atalho’ para networking com as mentes mais brilhantes do mercado financeiro

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os números da Suzano no quarto trimestre

A receita líquida, por sua vez, cresceu 37% ante 4T23, saindo de R$ 10,372 bilhões para R$ 14,177 bilhões. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 44% no mesmo comparativo, de R$ 4,505 bilhões para R$ 6,481 bilhões.

O prejuízo registrado pela Suzano é bem maior do que a média das expectativas de analistas compiladas pela LSEG, que apontava perda de R$ 4,9 bilhões no período.

Entre outros destaques, estão:

De acordo com a Suzano, o prejuízo no 4T24 “ocorreu em função da variação negativa no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da valorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao resultado positivo observado no trimestre anterior); além da elevação do CPV [custo dos produtos vendidos] e SG&A [sigla em inglês para despesas de vendas, gerais e administrativas”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que explica a alta nas ações da Suzano após prejuízo?

Para o Santander, a reação positiva do mercado ao resultado da Suzano era esperada. 

Segundo Yuri Pereira e Giovana Langanke, alguns pontos negativos do balanço foram compensados por maiores volumes de vendas, impulsionados pelo Projeto Cerrado, menos paradas para manutenção em relação ao 3T24 e a substituição contínua de fibra. 

Além disso, o Ebitda superou o consenso em 10% e as projeções do Santander em 8%, impulsionado por volumes de vendas mais fortes e menores custos de caixa da celulose.

Apesar de uma leve queda no Ebitda trimestral, os volumes de vendas da Suzano foram sólidos, graças à nova operação nos EUA e pelo mercado doméstico, afirma o banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Santander mantém recomendação “outperform” para a ação da Suzano, equivalente a compra. O preço-alvo é de R$ 80, uma alta de 35% sobre o fechamento anterior. 

BTG: resultados sólidos

Para Leonardo Correa, Bruno Henriques e Marcelo Arazi, analistas do BTG, a Suzano apresentou resultados sólidos, apesar do cenário adverso para os preços da celulose. 

Os destaques positivos incluem o avanço do Projeto Cerrado, redução de 7% no custo de caixa da celulose, forte geração de fluxo de caixa e queda na alavancagem para 2,9x. 

“E um real mais valorizado não muda nossa tese, pois preços de celulose ligeiramente mais altos podem facilmente compensar esse efeito”, afirmam os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco de investimentos tem recomendação de compra para SUZB3, com preço-alvo de R$ 81 — equivalente a um potencial de valorização de 36% sobre o fechamento anterior.

VEJA MAIS: Guia gratuito do BTG Pactual revela a recomendação para a Vale (VALE3) diante da temporada de balanços do 4T24; confira

BB-BI: resultados mistos, mas com bom desempenho operacional

Na visão dos analistas do BB Investimentos (BB-BI), por outro lado, a Suzano reportou um resultado misto no trimestre, com bom desempenho operacional tanto no papel quanto na celulose, enquanto a linha financeira voltou a pesar negativamente e levar a prejuízo. 

No entanto, o BB-BI destaca que o prejuízo da variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira se trata de um ajuste contábil e, portanto, sem efeito no caixa neste momento. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas acreditam que a oscilação das ações do setor, incluindo da Suzano, continuará no curto prazo por conta dessa correlação com o câmbio. 

No entanto, os próximos resultados da Suzano devem ser sólidos, impulsionados pelo aumento de volumes, redução de custos com o ramp-up do Projeto Cerrado e estabilidade nos preços da celulose.

“Vale destacar que a forte variação da linha financeira em razão das flutuações do câmbio pode continuar levando novos prejuízos, e que a elevação do nível endividamento continua sendo o principal ponto de atenção, apesar da gradual redução da  alavancagem”, afirma. 

O banco mantém a recomendação neutra para SUZB3, com preço-alvo de R$ 68 para o final de 2025. O valor implica em um potencial de alta de 14% sobre o fechamento anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com informações do Money Times*

Exit mobile version