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Prio (PRIO3) sobe mais de 7% após balanço do quarto trimestre e fica entre as maiores altas do dia — mas ainda há espaço para mais

Prio (PRIO3)

Prio (PRIO3)

Nadar contra a corrente é, em geral, difícil, perigoso e pode levar a um afogamento. Porém, nos mercados financeiros, a Prio (PRIO3) mostrou ao mercado que está em forma e enfrentou a maré dos preços do petróleo sem perder o fôlego. 

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Em 2024, a commodity apresentou queda de 3% nos preços, marcando o segundo ano consecutivo de recuo. Apesar disso, a petroleira reportou um lucro líquido de US$ 1,1 bilhão no quarto trimestre, o que representa uma alta de 231% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já no acumulado do ano, o lucro líquido da Prio totalizou US$ 1,736 bilhão, um crescimento de 60% na comparação anual.

Os resultados animaram os investidores: as ações PRIO3 estiveram entre as maiores altas do Ibovespa durante o dia. Os papéis fecharam com alta de 7,81%, a R$ 39,35.

E não são apenas os acionistas que estão vendo as ações brilharem na bolsa: o Itaú BBA e o BTG Pactual avaliam que a Prio tem potencial para ir além e recomendam a compra dos papéis.

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Apesar do petróleo: Prio (PRIO3) na avaliação dos bancos

Para o BTG Pactual, a Prio (PRIO3) segue entre as ‘top picks’ no segmento de petroleiras juniores na América Latina. Isso porque, para o banco, os resultados indicam a força competitiva da empresa e a eficiência do portfólio.

“Sustentabilidade na geração de caixa, baixa alavancagem e a estratégia assertiva de alocação de capital vão permitir que a empresa continue crescendo a longo prazo”, afirmou em relatório.

No quarto trimestre, a petroleira apresentou um aumento na alavancagem, que ficou em 1,2 vez a Dívida Líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado. 

Porém, o resultado é visto como saudável, uma vez que foi impactado pela aquisição de 40% do campo Peregrino, que ocorreu em setembro do ano passado.

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Além disso, o BTG Pactual avalia que a petroleira segue com baixos custos de extração e um balanço patrimonial enxuto, o que considera as principais vantagens competitivas da Prio.

Durante o quarto trimestre, os custos da companhia em extração foram de US$ 11 por barril de petróleo. O resultado ficou 11% abaixo da estimativa do BTG Pactual de US$ 12,50.

Já na visão do Itaú BBA, o destaque do balanço foi o aumento das reservas 1P, causado pela aquisição de Peregrino e pelo sucesso na arbitragem do campo de Wahoo, que permitiu à companhia explorar individualmente a região.

Segundo o relatório, a nova certificação revisou as reservas 1P do campo para 242 milhões de barris, o que representa um aumento de 36 milhões de barris em comparação com o certificado de reservas anterior.

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Nada é perfeito… Wahoo na conta da petroleira

Apesar de ter nadado contra a corrente, a Prio também acendeu alguns alertas na avaliação dos bancos, com destaque para o atraso no início das operações de Wahoo.

A expectativa era de que a exploração no campo fosse iniciada no segundo semestre de 2024. Porém, com atrasos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) causados por greves, a perspectiva é que as operações em Wahoo comecem apenas em 2026.

Segundo o BTG Pactual, o atraso impede que o preço das ações reflita totalmente o potencial da empresa no curto prazo.

Já para o Itaú BBA, o adiamento de serviços em Wahoo eleva os custos da companhia. Segundo relatório, o aumento do capex de US$ 830 milhões para US$ 850 milhões no segmento da petroleira foi impactado pelos atrasos.

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Além disso, os analistas dos bancos também avaliam que o desempenho dos poços de Frade veio abaixo do esperado. Segundo o relatório, a Prio reduziu a produção estimada em Frade para 2025, passando as projeções para 127 mil barris por dia.

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