🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Money Times

TEM SALVAÇÃO?

Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena? 

No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?

Money Times
15 de setembro de 2025
9:20 - atualizado às 8:57
Aeronaves de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)
Aeronaves de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4). - Imagem: Reprodução / Canva Pro / Montagem Seu Dinheiro

Nos últimos cinco anos, o mercado testemunhou as três grandes companhias aéreas que operam no Brasil pedirem ajuda para lidar com um financeiro abalado. Primeiro a Latam, depois a Gol (GOLL54) e agora a Azul (AZUL4) viveram — e esta última ainda vive — o Chapter 11, que nada mais é do que uma recuperação judicial nos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os principais motivos que levaram ao movimento está a pandemia, mas existem outros fatores macro e micro que levantam o questionamento: há recuperação para as companhias aéreas?

O Money Times conversou com analistas e acadêmicos sobre os aspectos que permeiam a operação de uma aérea. Do macro ao micro, há consenso de que se trata de um setor difícil, e mesmo quando um lado colabora, há outro que pesa e segura uma recuperação plena.

Para o professor da FIA Business School, Carlos Honorato, em uma análise mais aprofundada, é possível averiguar que se trata de um setor complexo no mundo inteiro, e todas as empresas presentes nele têm problemas e acabam, hora ou outra, precisando de ajuda, seja com subsídio do governo, seja com uma reestruturação financeira.

“É um setor muito complexo em termos de operação. Leasing dos aviões, preço do combustível, tudo muito caro. Qualquer elemento externo, como uma crise, uma pandemia, um vulcão que explode, tem impacto. Quem conduz empresa nesse setor tem que estar sempre equilibrado entre essas duas medidas”, pondera.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No Brasil, o cenário fica “mais dramático ainda”, na visão do professor, tendo em vista os custos dolarizados. Nos combustíveis, por exemplo, cerca de 40% dos custos são em dólar.

Leia Também

Neste cenário, o acadêmico aponta um subsídio ou investimento estatal como ponto importante para as companhias aéreas.

“Por exemplo, a TAP portuguesa teve problemas sérios durante a pandemia e foi quase que recomprada pelo governo. Cenário parecido com o da Lufthansa na Alemanha. O problema é que, no Brasil, o governo já tem seus próprios problemas econômicos”.

Macro, micro e governo

De um lado, há o desafio da gestão na busca por eficiência. Custos, aproveitamento de oportunidades, escolha de rotas, entre outros aspectos que permeiam o cotidiano de uma aérea. Do outro, há os juros elevados no Brasil, movimento do petróleo e o dólar. A conta para as aéreas é difícil de fechar, na visão dos analistas consultados pelo Money Times.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Felipe Sant’Anna, especialista em investimentos do grupo Axia Investing, endossa o coro que classifica o setor como muito complexo, e avalia que “no Brasil, ele é feito para dar errado”. Com custos em dólar, receita em reais, tarifas aeroportuárias e taxas, Sant’Anna destaca que é tudo muito caro.

Ele coloca que o transporte aéreo deveria ser categorizado como meio público de locomoção, e, portanto, deveria ser tratado a nível governamental, com subsídio do governo.

“Quando eu falo subsidiado, não quer dizer que o governo tem que injetar dinheiro na companhia aérea, mas deixar de dificultar o caminho dela”, coloca.

“Temos um problema de câmbio que é grave. As companhias aéreas precisam que todas as entidades, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o próprio governo [federal], os estados com o ICMS sobre combustível, deixem de causar problemas”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na visão do especialista, a aplicação de políticas públicas diferenciadas são necessárias para lidar com um cenário em que quase metade do custo operacional de um voo é composto por combustível, que sofre com a volatilidade do Brent.

“Mas hoje, a grande produtora de QAV [querosene de aviação] é a Petrobras, que poderia praticar um preço diferenciado. Nós poderíamos ter ou a isenção ou o ICMS muito mais baixo para combustível de aviação. Não é um passeio no parque que as companhias fazem, é um transporte para um país continental como o Brasil”, defende.

Apesar de ver uma ação do governo como relevante, Felipe Sant’Anna avalia como “pouquíssimo provável que o governo crie um mecanismo para subsidiar a companhia”.

“Acho extremamente necessário, mas nós não temos uma guinada neste sentido no momento”, afirma o especialista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar do reconhecido cenário macro complexo, o professor Carlos Honorato reconhece que, em partes, também existem falhas estratégicas das próprias companhias que corroboram para os resultados ruins.

“Teve o problema da Covid, que certamente atrapalhou. Mas se olharmos uma empresa como a Gol, ela nasceu saudável e se atrapalhou bastante quando comprou a Varig lá em 2007. Não precisava ter feito esse negócio”, avalia.

Há salvação para as aéreas?

Felipe Sant’Anna coloca que o histórico nunca mostrou uma mudança desse perfil, com diversas companhias aéreas, como Varig, Vasp e TransBrasil, por exemplo, sendo extintas.

No horizonte, o especialista avista apenas a Gol e a Azul tentando estabelecer um codeshareque vem enfrentando entraves. Ele reforça que mudanças estruturais na sustentabilidade das companhias aéreas não foram observadas até então.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Se for daqui para frente, seja por uma mudança do governo ou seja por uma mudança de visão do setor aéreo, ótimo, vai ser a primeira vez na história recente que nós temos uma modificação. Mas sempre tivemos substituição e tomada de espaço por outras companhias”, diz.

Enrico Cozzolino, sócio e head de análises da Levante Investimentos, também não está otimista.

Ele afirma que não se trata de uma gestão ruim de rotas ou aeronaves. Mas pesa a necessidade de capital, juros elevados, falta de investimento em aeroportos e a ausência de subsídios.

“São fatores que não vão se dissipar. Isso não quer dizer que as empresas vão fechar, mas historicamente já vimos mudança de marcas, novos entrantes, é quase que um problema crônico”, afirma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o professor Honorato, depois que o endividamento entra na história, se complica o processo de gestão e as companhias não conseguem rapidamente mudar o cenário. Na visão dele, é preciso encarar o processo de enxugar rotas, devolver aviões, e as consequências que isso traz para a qualidade do negócio.

Ele pondera que uma alternativa é abrir o mercado para a entrada de empresas estrangeiras no Brasil, que contam com faturamento em dólar no exterior. No entanto, quem se posiciona contra a medida diz que ela poderia quebrar de vez as empresas locais, o que nos levaria a ficar “reféns” de aéreas estrangeiras.

A situação da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54)

Azul e Gol chamaram a atenção quando veio à tona uma possível combinação dos negócios. No entanto, o movimento dependia da conclusão da recuperação judicial da Gol — e quando isso ocorreu, foi a vez da Azul entrar no Chapter 11.

Felipe Sant’Anna não vê com bons olhos a união das companhias neste momento. Para ele, a aprovação deve ter entraves relacionados aos órgãos regulatórios duas companhias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Eu não acho que nós teríamos uma aprovação total da fusão, com a criação de uma terceira companhia. Talvez um codeshare sim, mas eu noto que a Gol se distanciou da Azul, tão logo a Azul mergulhou no Chapter 11 e ela submergiu”, disse ao Money Times.

Em outro ponto de vista, Enrico Cozzolino, da Levante, aponta a fusão como “mandatória” para a sobrevivência das companhias.

“Não é possível ter uma sobreposição de rotas dessa forma, margens pequenas e ficar à mercê de todas essas crises de pandemia, de juros, empresas receitando menos do que um grupo forte operando. Mas fusões nunca são fáceis”, avalia.

Para o professor Carlos Honorato, do ponto de vista empresarial, o negócio seria bom, mas “é o casamento de dois esfarrapados”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O que costuma acontecer com uma fusão é que você vai ganhar a escala, o que é muito importante, e permitiria enxugar a operação”, explica.

Mas ele acredita que será necessário um cuidado com os passageiros. “Tem que ter uma atenção do governo também, que não pode deixar isso solto, porque se você só vai ter duas companhias aéreas. Complica para o consumidor”, diz.

E as ações?

O analista Enrico Cozzolini pondera que o setor aéreo demanda maior prêmio de risco devido ao seu custo de capital e sensibilidade aos juros e outras variáveis. Sem um aumento de receitas e melhorias nas garantias, novos problemas devem surgir no futuro.

“O primeiro ponto é se desvincular daquele preço de ação da Azul de um ano atrás ou de três anos atrás. Não vou falar que não volta nunca mais, mas vai demorar muito”, diz Cozzolino.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os resultados recentes de Azul e Gol têm pontos de melhorias, mas ainda há muitas pendências a serem resolvidas pelas duas empresas.

Para Felipe Sant’Anna, as ações das companhias estão em um momento de pura especulação, onde movimentos expressivos de alta e baixa ocorrem devido aos preços irrisórios pelos quais são negociadas.

“Ações de companhia aérea são sempre um péssimo negócio, em qualquer lugar do mundo, não é só Brasil. Para fins de carteira, o setor aéreo sempre se provou ruim. Mesmo aquelas pessoas que eventualmente pegaram Azul um ano atrás. A ação subiu beme olha o que aconteceu [recuperação judicial]”, pondera.

O especialista afirma que não compraria ações de setor aéreo nesse momento, tendo em vista o cenário de crise diplomática, volatilidade do câmbio, petróleo e curva de juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AGORA VAI?

Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões 

17 de novembro de 2025 - 12:35

Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas

PÓS-SAL BACIA DE CAMPOS

Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado

17 de novembro de 2025 - 11:55

A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área

OVOS DE OURO

Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional

17 de novembro de 2025 - 10:21

A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global

RESULTADO

Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços

14 de novembro de 2025 - 19:51

Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas

COMPRAR OU VENDER

Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde

14 de novembro de 2025 - 14:01

Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.

NA ESTEIRA DO BALANÇO

IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial

14 de novembro de 2025 - 12:28

Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa

SEM LÁGRIMAS NO OLHAR

Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína

14 de novembro de 2025 - 12:19

A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial

BLACK FRIDAY NO MERCADO LIVRE

iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas

14 de novembro de 2025 - 12:19

Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis 

EM MEIO AO CHAPTER 11

Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior

14 de novembro de 2025 - 10:42

Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão

DESASTRE

BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta

14 de novembro de 2025 - 9:13

A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano

PRÉ-BLACK FRIDAY

11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas

14 de novembro de 2025 - 9:05

Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro

BALANÇO DOS BALANÇOS

Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho

14 de novembro de 2025 - 7:30

A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros

SD ENTREVISTA

Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?

14 de novembro de 2025 - 6:07

Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê

COMPRA OU VENDE?

Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI

13 de novembro de 2025 - 19:40

A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa

SANGRIA NA BOLSA

Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações

13 de novembro de 2025 - 19:30

O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos

BALANÇO

Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31% 

13 de novembro de 2025 - 18:13

O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques

PESQUISA PAYPAL

Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio

13 de novembro de 2025 - 16:51

Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO

13 de novembro de 2025 - 16:00

A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?

TEMPESTADE PERFEITA?

Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor

13 de novembro de 2025 - 14:40

Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre

O PODER DOS PROVENTOS

Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?

13 de novembro de 2025 - 13:29

Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar