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Moura Dubeux (MDNE3) ainda pode subir mais de 50%, na visão do Bradesco BBI; veja o novo-preço alvo da construtora nordestina

Projeção digital da fachada do Parque das Dunas, um dos empreendimentos da Mood, marca da construtora Moura Dubeux

O Parque das Dunas, localizado em Natal, é um dos primeiros empreendimentos lançados pela Mood, marca da Moura Dubeux criada para atender consumidores de classe média

A Moura Dubeux (MDNE3) tem conseguido construir algo sólido, acreditam os analistas do Bradesco BBI. Após o forte desempenho operacional da construtora nordestina no terceiro trimestre, o banco atualizou suas projeções para a companhia e elevou o preço-alvo das suas ações de R$ 31 para R$ 40.

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Com isso, a instituição financeira agora espera uma alta de mais de 50% para os papéis. A revisão, porém, não foi suficiente para animar os investidores no pregão desta terça (14). As ações MDNE3 fecharam em baixa de 0,19%, a R$ 26,09.

O que dizem os analistas sobre a Moura Dubeux

O banco afirma que a Moura Dubeux já atingiu as expectativas de lançamentos para o ano inteiro nos primeiros nove meses (9M25), totalizando R$ 3,6 bilhões, uma alta de 73% na comparação anual.

Os analistas destacam ainda que a construtora nordestina teve um Índice de Vendas sobre Oferta (VSO) de 53% nos últimos 12 meses. A casa avalia o número como “sólido”.

O modelo de negócios de condomínios também é um destaque. O Bradesco BBI diz que, nesse quesito, a empresa apresenta um bom desempenho: 80% das vendas brutas no 3T25 e 67% neste ano vieram da parte de condomínios.

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“O modelo de condomínio continua sendo a base da estratégia de crescimento da companhia”, avalia o Bradesco BBI. “Este segmento se beneficia de projetos icônicos e de maior escala, que estão impulsionando o poder de precificação e a expansão das margens.”

Parceiros feitos no caminho

A Moura Dubeux não construiu apenas prédios, construiu relacionamentos também — e o Bradesco apontou isso em seu relatório. 

A joint venture (JV) da Moura Dubeux com a Direcional (DIRR3), anunciada no final de setembro, chamou a atenção do banco.

A instituição afirma que a união das construtoras pode ajudar a mitigar os riscos de execução nas operações do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

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“A parceria deve trazer confiança adicional em relação aos segmentos Mood e Única, que são áreas da Moura Dubeux dentro do MCMV, e deve sustentar lançamentos estáveis.” 

Bradesco BBI

De acordo com o banco, a iniciativa foi estrategicamente positiva para as duas empresas. 

A parceria pode ser uma oportunidade de acelerar a entrada no MCMV para a Moura. Isso era visto como um risco por alguns investidores devido à experiência da companhia em projetos de médio e alto padrão, alavancando a escala e a expertise da Direcional em moradias populares.

O Bradesco BBI ainda não sabe, no entanto, se a parceria se traduzirá em maiores volumes de lançamentos. O valor estimado pelo banco é de aproximadamente R$ 2 bilhões na região Nordeste, divididos igualmente entre as duas construtoras. O projeto vai ser focado principalmente na faixa 3 do Minha Casa.

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“No geral, isso eleva nossa estimativa de lucro líquido para o ano que vem para R$ 500 milhões, 16% acima da nossa expectativa anterior e 14% superior ao consenso da Bloomberg”, completa o BBI.

A ação ainda está barata?

Segundo o BBI, mesmo com a forte alta de 142% das ações da MDNE3 neste ano, os papéis ainda são considerados atrativos. O banco de investimentos destaca que o papel negocia a 4,4 vezes o lucro estimado para 2026 e deve oferecer um dividend yield de cerca de 9% entre o quarto trimestre de 2025 e o próximo ano fiscal.

O BBI também vê potencial de nova valorização conforme a liquidez das ações aumenta e o cenário econômico melhora.

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