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M. Dias Branco (MDIA3) abre o apetite e dispara 16% na B3 após resultados superarem expectativas no 2T25

Embalagens de produtos da Piraquê, uma das marcas da M. Dias Branco (MDIA3)

Embalagens de produtos da Piraquê, uma das marcas da M. Dias Branco (MDIA3).

A M. Dias Branco (MDIA3), fabricante de alimentos, abriu o apetite do mercado nesta segunda-feira (11), após a divulgação dos resultados financeiros da companhia na última sexta-feira (8).

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A dona da Piraquê registrou lucro líquido de R$ 216,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A cifra ficou acima do consenso dos analistas compilado pela Bloomberg, que projetavam lucro líquido de R$ 149 milhões para o período.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 341 milhões, 30% acima do consenso da Bloomberg. A margem Ebitda ajustada foi de 12,5%, 2,9 pontos percentuais (p.p.) acima das expectativas.

O BTG Pactual reconheceu os números acima do esperado, mas manteve postura cautelosa sobre a consistência futura da companhia. Já o BB Investimentos adotou visão otimista para o desempenho da fabricante.

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No pregão de hoje, as ações MDIA3 subiram 16,24%, a R$ 28,28, enquanto o Ibovespa (IBOV) recuou 0,21%, aos 135.623 pontos.

Os números da M. Dias Branco

A receita líquida atingiu R$ 2,72 bilhões, alta de 3,6% na comparação anual e de 23,3% na base trimestral, em linha com as expectativas do mercado.

O volume total de vendas recuou 9,8%, para 457,3 mil toneladas na base anual — resultado atribuído a uma “base de comparação desafiadora” por conta da recomposição de estoques no varejo, segundo a companhia. No comparativo trimestral, houve avanço de 16%.

Em contrapartida, o preço médio por quilo dos produtos subiu 14,8% em relação ao ano anterior e 6,3% frente ao trimestre passado.

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Segundo a fabricante, o aumento do preço médio reflete um mix favorável entre os produtos comercializados e os reajustes de preços feitos nos últimos 12 meses, motivados pela desvalorização cambial e pelo aumento das commodities.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) registraram queda de 270 pontos base, representando 17,5% das vendas — redução de 9% na comparação anual.

A geração de caixa livre atingiu R$ 347 milhões, crescimento de 154% em relação ao 2T24. A alavancagem financeira segue baixa, com dívida líquida/Ebitda de 0,1x nos últimos 12 meses.

BTG Pactual e BB Investimentos divergem

O BTG Pactual afirmou que os resultados superaram tanto o consenso do mercado quanto as próprias estimativas do banco. Com isso, revisou para cima as projeções de crescimento do Ebitda para 2025 e 2026, para 16,3% e 10,9%, respectivamente, e do lucro líquido para 36,1% e 26,1%.

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Apesar disso, manteve recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 28, implicando alta potencial de 13% sobre o fechamento da última sexta-feira (8). O banco justifica a cautela pela falta de consistência na execução e ausência de sinais claros de crescimento de longo prazo.

O BB Investimentos, por outro lado, vê o balanço como positivo, destacando a forte geração de caixa livre, a recuperação dos volumes no trimestre e o controle de despesas operacionais. Para a instituição, a estratégia é “bem executada” e já apresenta resultados. Com isso, alterou a recomendação de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 30 para dezembro de 2025, um upside de 23,3%.

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