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Lucro da Hapvida (HAPV3) cai no 2T25, mas ações da operadora lideram as altas do Ibovespa: o que está por trás do impulso desta quinta-feira (14)?

foto de prédio da Hapvida (HAPV3)

Prédio da Hapvida

A Hapvida (HAPV3) lidera as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (14), após a divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano (2T25) na noite de ontem (13).

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A operadora de planos de saúde teve um lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões entre abril e junho, uma queda de 69,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa caiu 26,6% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 703,3 milhões.

A expectativa era que o lucro fosse de R$ 223,7 milhões, com Ebitda de R$ 837,7 milhões para a Hapvida no 2T25, segundo pesquisa da LSEG.

O Santander e o BTG Pactual consideraram os resultados neutros, com indicadores operacionais que sinalizam uma recuperação e geram otimismo, com destaque positivo para as adições líquidas no período.

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Por volta das 13h50, as ações da Hapvida avançavam 6,9%, a R$ 37,3, a maior alta do principal índice da bolsa brasileira. No mesmo horário, o Ibovespa (IBOV) avançava 0,24%, aos 137.017 pontos.

Resultados operacionais da Hapvida

Em termos operacionais, a receita líquida da Hapvida no 2T25 atingiu R$ 7,674 bilhões, um aumento de 7,3% na base anual, em linha com as estimativas do Santander e do BTG.

A operadora registrou a adesão de 57,7 mil membros em planos de saúde, acima dos 25 mil reportados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no período.

A adição líquida de membros ficou acima da estimativa do BTG, que esperava uma perda de 18 mil, impulsionada principalmente pelo segmento corporativo.

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A sinistralidade de caixa (MLR) ajustada da Hapvida foi de 69,9% no 2T25, uma melhora de 60 pontos-base (bps) no ano a ano, impulsionada por maiores esforços de verticalização e reajustes de preços.

Os preços médios de saúde aumentaram 8% ano a ano, devido a reajustes de bilhetes (+7,2%) e efeitos de mix (+1%).

A melhora ou o controle da sinistralidade é um ponto de convergência entre os bancos, que consideram isso como resultado positivo.

Embora o BTG tenha usado o termo "poluído" para os números entregues no período, ambos os bancos concordam que as melhorias operacionais subjacentes são encorajadoras.

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O Santander indicou que a Hapvida "continua a superar a sazonalidade" em relação à sinistralidade de caixa.

O que dizem os bancos

O Santander e o BTG Pactual consideram os resultados do 2T25 como "bons" e esperam uma "reação positiva do mercado", assim como uma recuperação no próximo trimestre.

Outro ponto positivo para o Santander e o BTG foi a diminuição da dívida líquida, reduzindo para R$ 4 bilhões.

Com isso, a Hapvida é considerada a principal escolha do Santander no setor de saúde brasileiro, devido à combinação de um melhor perfil de crescimento e margem, além de oferecer a melhor relação risco-recompensa dentro de sua cobertura.

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A recomendação do banco é de “outperform”, equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 54 para dezembro, um upside de 54% em relação ao fechamento da véspera.

O banco aponta para "melhorias operacionais encorajadoras" e que a Hapvida continua sendo um ativo "subvalorizado", mas enfatiza que a execução é crucial para liberar o potencial das ações.

Apesar dos resultados "mistos", o BTG Pactual manteve sua recomendação de compra para a Hapvida, com um preço-alvo de R$ 67,5 para 12 meses, uma valorização de 93%.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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