A taxa de vacância dos galpões logísticos da Log (LOGG3) no primeiro trimestre de 2019 era de 5,3%. No mesmo período de 2025, o índice ficou em 1,55%.
Nesses seis anos, a empresa de capital aberto de galpões logísticos, controlada pelo empresário Rubens Menin, registrou constante avanço em resultados e investimentos, turbinados pela explosão do e-commerce desde a pandemia de Covid-19.
A Log não foi afetada nem mesmo pela ressaca do pós-pandemia, quando muitas empresas de varejo sentiram os efeitos de investimentos excessivos, da alta dos juros e do consumo menos acelerado.
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No primeiro semestre deste ano, todos os novos projetos lançados pela empresa ficaram prontos com ocupação de 100% dos espaços. A Log tem como seus maiores clientes a Shopee, o Mercado Livre (MELI34) e a Amazon (AMZO34).
Os clientes de e-commerce respondem por 20% dos resultados, mas, se considerados também os que combinam vendas físicas e online, como o Magazine Luiza (MGLU3), esse percentual passa de 50%.
A receita líquida da Log ficou dividida, no passado, em R$ 219,7 milhões de locação e R$ 1,5 bilhão em venda de ativos.
"Estamos fazendo uma reciclagem de galpões, com espaços mais modernos", diz o CEO, Sergio Fischer.
Segundo ele, o custo de construção é de cerca de R$ 2 mil por metro quadrado, enquanto a venda ocorre por aproximadamente R$ 3,5 mil.
Localização é o segredo para a Log
Quando as gigantes do e-commerce partem para conquistar um novo mercado, recorrem aos espaços da Log.
Fischer afirma que a estratégia da companhia é atender à demanda crescente do e-commerce e da logística rápida.
“Se em uma cidade grande não existe um galpão novo, a gente monta para essas empresas, para que possam entregar mercadorias em até 24 horas, sem deixar estoque parado — porque esse é o jogo delas”, disse.
Todos os projetos são levantados do zero pela Log, que nasceu em 2008 como subsidiária da MRV Engenharia.
O executivo ressalta que a localização também é um diferencial competitivo, com a companhia estando a 100 quilômetros de mais de 60% da população brasileira.
A Shopee, por exemplo, tem nos planos um centro de distribuição que poderá ser operado por 2,4 mil funcionários para atender a região de Recife (PE).
Em outra capital importante, Fortaleza (CE), foi a Log que fez o primeiro galpão com status classe A, designação dada aos imóveis de maior qualidade, bem localizados, com pé direito alto, iluminação de LED, tecnologia moderna e maior segurança.
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Em 2024, a Log consolidou sua posição de destaque no setor ao responder por 20% da abertura de novos galpões logísticos no Brasil, segundo Fischer.
Sete anos na bolsa brasileira
Desde a fundação, a Log já entregou mais de 2,3 milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL), em 50 empreendimentos, com presença em 36 cidades de todas as regiões.
Em dezembro de 2018, a empresa chegou à bolsa de valores com sua oferta pública inicial (IPO). Desde então, acumula valorização de 21,43%, cotada a R$ 21,15 no fechamento da última sexta-feira (29).
Atualmente, a Log conta com valor de mercado de R$ 1,87 bilhão e patrimônio líquido de R$ 3,76 bilhões em seu portfólio.
*Com informações do Estadão Conteúdo