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Dividendos vêm aí? IRB (IRBR3) tem bons resultados no primeiro trimestre e BTG vê possibilidade de distribuição dos lucros até o fim do ano

Tela de celular mostra logotipo do IRB Brasil RE com gráfico ao fundo

Os dados do IRB Re (IRBR3) no primeiro trimestre de 2025 vieram “melhores do que se temia”, nas palavras dos analistas do BTG Pactual. O lucro líquido entre janeiro e março cresceram 50% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 119 milhões. 

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O número veio 3% abaixo do consenso da Bloomberg, porém muito melhor do que a projeção de R$ 106 milhões feita em fevereiro, depois que os números da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) para o trimestre mostraram dados mais fracos para o setor de seguros. 

De acordo com o BTG Pactual, o patrimônio líquido ajustado cresceu R$ 188 milhões entre janeiro e março, superando o lucro contábil. A expectativa é que a empresa elimine perdas acumuladas no balanço até o fim de 2025, permitindo a retomada do pagamento de dividendos.

Os analistas do banco projetam um dividend yield crescente para o IRB nos próximos anos: 1,5% em 2025, 4,4% em 2026 e 5,2% em 2027. 

As ações do IRB apresentam bastante volatilidade nas negociações em bolsa nesta terça-feira (13). Por volta das 11h15 (horário de Brasília), as ações IRBR3 subiam 0,26%, a R$ 45,64. Porém, mais cedo, chegaram a apresentar alta de 6%. 

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Exterior brilha e Brasil decepciona 

Para o Goldman Sachs, entretanto, a principal surpresa no balanço do IRB foi o resultado financeiro, que veio maior do que o estimado para a empresa.

Os R$ 210 milhões registrados no primeiro trimestre superaram as projeções do GS em 21% e representaram uma alta de 92,7% na comparação trimestral e de 48,4% na comparação anual.

O impulso para esse resultado veio de ganhos cambiais e do aumento da taxa de juros, que compensaram parcialmente uma perda de R$ 17 milhões com a venda de parte da carteira de títulos soberanos.

Com isso, o retorno sobre patrimônio (ROE) aumentou em 2,9 pontos percentuais, para 10,5%, quando comparado com o primeiro trimestre de 2024.

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Outro destaque do período foi o impulso das operações internacionais, que ajudaram a cobrir um sinistro de grande porte no Brasil, que prejudicou o resultado doméstico de subscrição.

Prêmios vs. sinistros

Os pontos de atenção ficaram para os prêmios domésticos. O JP Morgan destacou que os prêmios emitidos caíram 13% na comparação anual, devido a uma queda acentuada de 19% nos prêmios domésticos, enquanto no exterior, teve uma ligeira alta de 3% ano a ano — atualmente, os prêmios internacionais correspondem a 31% dos prêmios do IRB.

No Brasil, os prêmios de imóveis caíram 14%, enquanto a agricultura perdeu 13% e outros diminuíram em 8%. Já no exterior, a agricultura brilhou com uma alta de 113% e os riscos especiais subiram 14%. 

A taxa de sinistralidade foi de 66,5%, uma alta de 2,5 p.p. na comparação trimestral, e a taxa de aquisição foi de 21%. 

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O índice combinado foi de 102,5%, mas o objetivo do IRB é convergir para aproximadamente 95%, o que os analistas do BTG avaliam como possível, considerando que a empresa tem demonstrado foco em rentabilidade e disciplina na subscrição. 

É hora de comprar IRBR3? 

Não há unanimidade na recomendação para IRB Re.

O JP Morgan está underweight (equivalente a venda) nas ações do IRB e avalia que o mercado doméstico está fraco e precisa de mais clareza em relação à sustentabilidade da disciplina de precificação da empresa, considerando a tendência de crescimento que está devagar.

O preço alvo do banco é de R$ 45,52, menor do que o valor registrado nas negociações do dia — o que indica que os analistas consideram que as ações já estão negociando a um preço justo.

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O Goldman Sachs segue neutro na recomendação para IRB.

O banco americano não vê gatilhos de crescimento para as ações e considera que a dinâmica geral para os resultados operacionais do IRB está mais fraca. 

O preço alvo estabelecido pelo banco é de R$ 49, o que indica um pequeno potencial de valorização de 7,6%. 

Por fim, o BTG recomenda compra das ações do IRB

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O principal impulso para a recomendação dos analistas é a possibilidade de pagamento de dividendos pelo IRB. Além disso, o valuation das ações também é considerado atrativo, com os papéis negociando abaixo de 5 vezes o preço sobre lucro (P/L) em 2025. 

O preço alvo é de R$ 56,00, o que significa um potencial de valorização de 23%.

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