A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer dedicada ao desenvolvimento de “carros voadores”, anunciou hoje (14) a intenção de captar o equivalente a mais de R$ 1 bilhão com a emissão de ações.
Simultaneamente à operação, a Eve informou que passará a ter a chamada listagem dupla.
As ações da empresa são negociadas na bolsa de valores de Nova York desde 2022.
Uma vez concluída a captação lançada nesta quinta-feira, os papéis da subsidiária da Embraer também ficarão disponíveis aos investidores brasileiros por meio de BDRs negociados na B3.
A oferta direta tem participação da BNDESPAR, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Embraer e de outros investidores institucionais no Brasil e nos Estados Unidos.
Os recursos provenientes da emissão dos BDRs serão utilizados para pagamento de serviços realizados no Brasil. Já o saldo líquido remanescente da oferta será destinado a fins corporativos gerais.
O fechamento da operação está previsto para amanhã (15)
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O que faz a Eve, subsidiária da Embraer
A Eve é uma subsidiária da Embraer dedicada a acelerar o estabelecimento de um ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM).
Nos últimos anos, a companhia vem trabalhando no desenvolvimento do eVTOL. A sigla identifica as aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical. Elas também vêm sendo chamadas de “carros voadores”.
Em junho último, a Eve exibiu o modelo em escala real de seu eVTOL em seu estande no Paris Air Show, um dos maiores eventos mundiais da indústria de aviação.
Em que pé está o ‘carro voador’ da Embraer
Segundo a Embraer, o protótipo apresentado no Paris Air Show é “muito próximo do que será o veículo comercializado”.
Com o eVTOL, a previsão é de que percursos que atualmente levam cerca de três horas de carro sejam concluídos em apenas dez minutos.
De acordo com as informações mais recentes disponíveis, as encomendas feitas à Eve aproximam-se atualmente de 3 mil unidades.
Veja as imagens mais recentes do protótipo.
Carros voadores nos céus de São Paulo
Uma dessas encomendas foi feita pela Revo, operadora de mobilidade aérea urbana de São Paulo.
Controlada pela Omni Helicopters Internacional, a Revo encomendou 50 carros voadores da Eve.
O contrato inclui também todo o suporte operacional e os serviços de pós-venda oferecidos pela Eve.
A expectativa é de que, aos poucos, o eVTOL substitua os helicópteros não apenas em São Paulo, mas em outras cidades do mundo.
Pelos cálculos da Embraer, a demanda po carros voadores pode alcançar 30 mil unidades até 2045. Isso geraria uma receita potencial de US$ 280 bilhões.
No entanto, os mais ansiosos ainda terão que esperar um bom tempo antes de embarcar em um carro voador da Eve.
As primeiras entregas do eVTOL da empresa estão programadas apenas para 2027.
