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Eletrobras (ELET3) vai se tornar vaca leiteira? Empresa anuncia dividendos bilionários — e ações brilham aos olhos de um bancão

Eletrobras

Logo da Eletrobras.

A Eletrobras (ELET3) passou pela temporada de balanços do quarto trimestre chamando atenção do mercado — e não é só por causa dos resultados

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A queridinha entre os analistas para o mês de março apresentou números relativamente fracos no último trimestre de 2024, mas entrou no radar após indicar a distribuição de dividendos bilionários para os acionistas.

Segundo o documento divulgado na noite de ontem (13), a Eletrobras pretende pagar mais de R$ 1,79 bilhão em proventos. Caso a proposta seja aprovada pelo conselho de administração, a companhia chegará ao total de R$ 4 bilhões de proventos distribuídos referentes a 2024, o maior valor anual da história da companhia.

Na avaliação do BTG Pactual, o anúncio indica que a empresa vem caminhando para se tornar uma grande pagadora de dividendos — e que ainda é hora de colocar as ações na carteira.

“A metodologia de distribuição de dividendos da Eletrobras deve ficar clara para os investidores no curto prazo, o que é extremamente importante para a previsibilidade”, afirma o banco.

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Segundo o relatório, o payout — porcentagem total do lucro distribuído como dividendos — da empresa totalizou cerca de 60% em 2024.

Vai pingar na conta: a distribuição de dividendos

De acordo com a Eletrobras, o pagamento dos proventos será realizado em 13 de maio de 2025. Os acionistas que tenham ELET3 na carteira até 29 de abril terão direito de receber a bolada.

Já para os investidores que tenham American Depositary Receipts (ADRs) negociados na New York Stock Exchange (NYSE), a data de corte será 30 de abril.

Assim, as ações da Eletrobras na B3 e os ADRs serão negociados ex-direitos a partir do dia 30 de abril.

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A quantia de R$ 1,79 bilhão será distribuída da seguinte forma: R$ 0,111041503 por ação preferencial de classe B e R$ 0,895300835 por ação ordinária e golden share.

Os resultados desanimadores da Eletrobras

Ainda que os investidores vejam uma bolada cair na conta, alguns números do balanço da companhia acendem um alerta.

A ex-estatal apresentou um lucro líquido societário ajustado de R$ 517 milhões no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 54,7% na comparação anual.

De acordo com a Eletrobras, a redução ocorreu devido à remensuração dos ativos de transmissão após o Reajuste Tarifário Periódico (RTP) de 2024, no valor de R$ 5,417 bilhões.

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Assim, sem ajustes, o lucro líquido da empresa foi de R$ 1,11 bilhão, o que representa um crescimento de 24,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 4,67 bilhões, um aumento de 22,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Porém, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado: o BTG Pactual estimou um Ebitda ajustado de R$ 5,25 para a companhia, 7% a mais do que o registrado.

Segundo o banco, o resultado abaixo do esperado é impactado pelos gastos gerenciáveis (PMSO) ajustado, que aumentaram em 8,4% em relação ao ano anterior, atingindo R$2,07 bilhões. O crescimento foi impulsionado principalmente por maiores gastos com serviços.

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Porém, a companhia não apresentou um balanço de todo ruim. No acumulado do ano, a companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 8,79 bilhões, um aumento de 86,6% na comparação anual. Descontados os ajustes, o lucro foi de R$ 10,381 bilhões, alta de 136,2%.

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