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CSN (CSNA3) na mira do Cade: disputa com Usiminas (USIM5) pode render multa milionária — saiba o que está em jogo

tela de celular mostra logotipo da CSN (CSNA3) | CSN Mineração (CMIN3) recompra de ações

A CSN (CSNA3) pode ter que pagar uma multa milionária ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por causa da antiga participação na Usiminas (USIM5). O órgão reconheceu que a siderúrgica vendeu as ações da concorrente, mas quer investigar se houve atraso no cumprimento dessa obrigação.

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O valor da possível penalidade será calculado por uma área técnica do próprio Cade. A apuração levará em conta uma decisão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), e a CSN terá direito à defesa antes da conclusão.

Mesmo que o valor da multa seja definido, o tribunal do Cade ainda precisa decidir se aplica ou não a penalidade. Ou seja, a multa à CSN ainda não está garantida, mas permanece em discussão.

CSN x Usiminas 

A briga começou em 2014, quando o Cade exigiu que a CSN se desfizesse das ações da Usiminas em até cinco anos. A empresa descumpriu o prazo. 

Em julho deste ano, a Usiminas entrou com um recurso — os chamados embargos de declaração — pedindo que o Cade retomasse a multa, estimada em R$ 110 milhões.

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Na sessão de quarta-feira (6), o tribunal do Cade analisou esse pedido da Usiminas. Por maioria, os conselheiros aceitaram o recurso, mas consideraram o pedido prejudicado, já que a CSN vendeu praticamente todas as ações que ainda possuía da rival um dia antes da reunião.

A CSN comunicou a operação por fato relevante à CVM. A empresa informou que vendeu mais de 36 milhões de ações ordinárias e outras 472 mil preferenciais da Usiminas para o fundo Vera Cruz. 

Com isso, a participação acionária caiu para 4,99% do capital social total — exatamente o limite exigido pelo Cade.

Mesmo com a venda concluída, o Cade quer entender se o descumprimento do prazo anterior justifica a aplicação da multa. O resultado da análise deve sair nos próximos dias.

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*Com informações do Estadão Conteúdo.

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