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CEO da Petrobras (PETR4) alfineta sobre possível venda da Braskem e ações BRKM5 pagam o preço no Ibovespa

Petrobras (PETR4) sobre a proposta de Nelson Tanure pelo controle da Braskem (BRKM5).

Petrobras (PETR4) sobre a proposta de Nelson Tanure pelo controle da Braskem (BRKM5).

A ressaca do fim de semana bateu forte na Braskem (BRKM5) nesta segunda-feira (11). A petroquímica lidera as quedas do Ibovespa após a presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, comentar sobre a possibilidade de venda da empresa para a Unipar Carbocloro (UNIP6).

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Na última sexta-feira (8), as ações da Braskem fecharam com alta de 4,41%, depois de a companhia confirmar conversas sobre a venda de ativos para a Unipar. 

No pregão de hoje, o cenário se inverteu: os papéis tombavam 6,96%, cotados a R$ 8,15, por volta das 15h15, na esteira da declaração de Chambriard, feita ainda na noite de sexta-feira.

E o que a CEO da estatal disse para provocar essa reviravolta no humor do mercado? Segundo ela, a potencial negociação foi uma “surpresa ruim”.

“Ontem tivemos notícias de que a Braskem estava negociando venda de ativos nos EUA e no México; isso foi uma surpresa ruim porque somos um sócio relevante e que tem direito a veto. Estranhei muito”, disse Chambriard na ocasião.

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A executiva afirmou ter tomado conhecimento das conversas pelo “burburinho de mercado” e que, assim que soube, notificou formalmente a Braskem.

Participação da Petrobras na Braskem

A Petrobras detém 47% das ações da petroquímica, com direito a veto e preferência em qualquer transação. Os demais 50,1% pertencem à Novonor, antiga Odebrecht.

“Dissemos a eles [em ofício]: os sócios estão aqui e não vão deixar passar. Ninguém começa um negócio desprezando o próprio sócio e de tal monta”, afirmou Chambriard.

Na manhã de sexta-feira, a Braskem confirmou que iniciou conversas com a Unipar sobre potenciais oportunidades envolvendo ativos e participações societárias mencionadas pela executiva. Um acordo de confidencialidade foi firmado, mas não há detalhes sobre quais bens podem entrar na negociação.

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Para a Ágora/Bradesco BBI, a Braskem está “tentando sobreviver a um dos piores ciclos de baixa já vistos na indústria petroquímica global, racionalizando sua capacidade e evitando medidas traumáticas como a reestruturação de dívidas”.

Os analistas Vicente Falanga e Ricardo França avaliam que, a menos que a Petrobras tenha clareza sobre os resultados do Projeto de Lei Presiq (Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química) ou esteja disposta a injetar capital, “a Braskem deve ser autorizada a tomar as decisões racionais do negócio”.

*Com informações do Money Times

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