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CEO da Azul (AZUL4) quer construir uma “empresa melhor” após prejuízo bilionário no 4T24. Por que as ações da aérea sobem forte na B3 hoje?

Avião da companhia de aviação Azul decolando, com torre de comando ao fundo

Após a Azul (AZUL4) vivenciar uma tempestade intensa em 2024, com forte pressão sobre as finanças e uma reestruturação de dívidas no meio do caminho, o CEO John Rodgerson diz estar confiante na capacidade de construir uma empresa melhor — e, se depender do curso das ações hoje, o executivo já está no caminho.

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Os papéis da companhia aérea sobem aos céus da bolsa brasileira nesta segunda-feira (24), apesar de a empresa ter anunciado um prejuízo bilionário no quarto trimestre de 2024.

Por volta das 11h10, os papéis subiam 5,23%, negociados a R$ 3,82. No acumulado de 12 meses, AZUL4 ainda acumula perdas de 68% na B3.

A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões entre outubro e dezembro de 2024. A cifra representa uma reversão do lucro de R$ 403,3 milhões do mesmo período do ano anterior. 

No acumulado do ano, as perdas somaram R$ 8,2 bilhões, um aumento de 1075,9% em relação a 2023.

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No entanto, em termos ajustados — que excluem o direito de conversão relacionado às debêntures conversíveis e são ajustados por resultados de derivativos não realizados e moeda estrangeira —, o resultado foi positivo em R$ 62,4 milhões no 4T24, revertendo o prejuízo líquido ajustado de R$ 270,5 milhões visto em igual intervalo de 2023.

Os pontos positivos do balanço da Azul (AZUL4) no 4T24

Ainda que o balanço da Azul (AZUL4) no 4T24 tenha sido tingido de vermelho na linha do resultado líquido, os indicadores operacionais da companhia aérea brilham aos olhos dos investidores.

O lucro operacional aumentou 40,2% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de R$ 1,2 bilhão. No ano, o lucro operacional atingiu R$3,5 bilhões, um aumento de R$607,8 milhões em relação a 2023.

Já o Ebitda, indicador usado pelo mercado para mensurar a capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa, atingiu o recorde de R$ 1,95 bilhão, um avanço de 33% na comparação anual. 

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Em 2024 como um todo, o Ebitda chegou à máxima histórica de R$ 6 bilhões,mesmo com uma taxa de câmbio superior no período.

“Mais uma vez, demonstramos claramente nossa capacidade de continuar expandindo margens, apesar do câmbio mais elevado”, disse a empresa, em relatório de resultados.

Por sua vez, a receita líquida total subiu 10,2% no comparativo anual, para o recorde de R$ 5,5 bilhões no quarto trimestre de 2024. 

O faturamento foi impulsionado principalmente por um ambiente de demanda saudável, receitas robustas de nossas unidades de negócios e pelo aumento na capacidade, segundo a Azul.

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Em meio à uma reestruturação do balanço patrimonial, com a renegociação com credores e uma captação bilionária de recursos, a liquidez imediata da Azul encerrou o quarto trimestre na marca de R$ 3,1 bilhões, um aumento de 22,5% na base anual e equivalente a 16% da receita dos últimos doze meses. 

“Ao alcançar esses resultados, fortalecemos nosso balanço patrimonial e agora podemos voltar nossa atenção para a execução de nosso plano de expansão de margem e para a geração de fluxo de caixa livre positivo, à medida que continuamos a adicionar aeronaves maiores e de última geração à nossa frota”, disse John Rodgerson, CEO da Azul, em nota.

“Agora que 2024 ficou para trás, eu não poderia estar mais confiante em nossa capacidade de construir uma Azul melhor, com vantagens competitivas sustentáveis de longo prazo”, acrescentou o executivo.

É hora de comprar ações AZUL4? 

Na visão da XP Investimentos, o balanço da Azul (AZUL4) foi positivo do lado dos resultados operacionais, impulsionados pela forte demanda no trimestre, tanto no mercado doméstico quanto no internacional.

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No quarto trimestre, a demanda de passageiros da aérea cresceu 17% em relação ao ano anterior, superando a capacidade e levando a uma forte taxa de ocupação de 84,2%.

No entanto, os analistas mantiveram recomendação neutra para AZUL4, devido a “um cenário macroeconômico ainda desafiador e ao potencial de diluição relevante” dos acionistas após o acordo com credores e um aumento de capital de até R$ 3,37 bilhões.

Apesar do balanço em linha com as expectativas, o Goldman Sachs manteve recomendação neutra para as ações da Azul (AZUL4), com preferência pelas rivais Copa e Latam dentro da cobertura de companhias aéreas.

*Com informações do Money Times.

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