O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu mais um capítulo na fusão da Petz (PETZ3) e Cobasi nesta quinta-feira (4). A união visa criar uma gigante do varejo pet com faturamento estimado em R$ 7 bilhões.
O órgão antitruste solicitou um estudo econômico sobre a estrutura desse mercado, levando em consideração as definições já estabelecidas pela Superintendência-Geral do Cade.
Entre as informações adicionais para realizar a análise da fusão entre Petz e Cobasi estão questões que envolvem o mercado de varejo pet físico e online.
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A operação já havia sido aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral (SG) do Cade no início de junho, mas a concorrente Petlove apresentou o recurso solicitando reanálise no último dia disponível para o pedido.
Para o BTG Pactual, a medida não altera o cronograma previsto para a decisão final, que deve ocorrer entre o fimde setembro e dezembro deste ano. Contudo, a aprovação da fusão agora poderá ser adiada mais para o fim desse período.
A fusão entre as duas gigantes do mercado pet foi anunciada em agosto de 2024. Pelo acordo, a Cobasi incorporará a Petz como uma subsidiária.
A estrutura da transação prevê que os acionistas da Petz receberão ações que representarão 52,6% do capital social total da nova companhia, enquanto os acionistas da Cobasi ficarão com os 47,4% restantes.
Além disso, está previsto um pagamento em dinheiro de R$ 400 milhões aos acionistas da Petz, sendo que R$ 130 milhões já foram pagos.
O que a fusão pode trazer para a Petz e a Cobasi?
Na visão do BTG, embora o e-commerce tenha ganhado participação nos últimos anos, o que reduz o poder de precificação, a Petz tem mostrado resultados positivos, com expansão da receita líquida e ganhos de margem.
Esse desempenho sugere que há espaço para repassar aumentos após um período de preços estáveis, de acordo com o banco.
Além disso, os analistas do BTG também afirmam que, com a fusão entre Petz e Cobasi, a expectativa é que o mercado fique mais racional e que a sinergia entre as empresas será positiva, o que poderia ser um gatilho para a valorização das ações.
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Porém, o banco aponta que o mercado continua com desafios, o que justifica a recomendação neutra por enquanto, já que as ações da Petz estão negociadas a cerca de 25 vezes o preço/lucro (P/L) para 2025, excluindo a Cobasi.
Apesar de reconhecerem que a fusão pode gerar sinergias e um mercado mais racional, eles mantêm uma recomendação neutra para as ações da Petz, com preço-alvo de R$ 5.