Em mais um capítulo de sua jornada de reestruturação, a Azul (AZUL4) recebeu a aprovação de Tribunal nos Estados Unidos para avançar com um dos principais pilares do seu plano de transformação.
A Justiça norte-americana liberou a companhia para firmar um acordo com a AerCap, maior arrendadora e responsável pela maioria de suas aeronaves e obrigações de leasing, e para rejeitar múltiplos contratos de arrendamento.
Com a decisão, a Azul poderá economizar mais de US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,42 bilhões, no câmbio atual) relacionados ao arrendamento de aeronaves e à operação de sua frota.
“Essas aprovações marcam um passo importante no amplo plano de transformação da Azul e refletem o avanço contínuo em seu processo de reestruturação”, escreveu a aérea, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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O acordo é considerado um movimento essencial para otimizar os custos operacionais e gerar economias adicionais para a aérea.
Segundo a Azul, ao rejeitar os contratos de arrendamento, a companhia não deverá comprometer a capacidade de atender seus clientes. Isso porque as aeronaves e motores envolvidos nos contratos não estavam mais em operação.
Assim, a reestruturação não deve impactar a frota total nem as rotas, segundo a empresa.
Vale lembrar que, há apenas alguns dias, a Azul revelou que pararia de voar em 13 cidades brasileiras, com a eliminação de 53 rotas.
A empresa não detalhou a lista de cidades e rotas aéreas fora dos planos. No entanto, a expectativa é de uma redução de 10% nas decolagens diárias.
Os planos da Azul (AZUL4) para a frota de aviões
Não é novidade que a Azul (AZUL4) pretende ter menos aviões nos céus nos próximos anos. Afinal, a otimização da frota já fazia parte central da estratégia determinada sob o Chapter 11, o processo de recuperação judicial nos EUA.
Na apresentação do projeto, a aérea revelou planos de reduzir em mais de 35% a quantidade de aeronaves da frota futura.
A ideia era “criar uma organização ágil capaz de garantir o fortalecimento e a transformação da companhia para o futuro”.
Isso permitirá uma diminuição dos investimentos (capex) em manutenção, o que também auxiliará o processo de desalavancagem financeira.
“A Azul continua comprometida em finalizar sua reestruturação, enquanto segue apoiando seus tripulantes e atendendo seus clientes com o mesmo padrão de excelência”, disse a empresa.
Vale lembrar que a Azul entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA no dia 28 de maio. O processo ocorre no tribunal de Nova York e tem como objetivo permitir que a companhia reestruture suas dívidas, que passam de R$ 30 bilhões, segundo estimativas.