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Assassinato de Odete Roitman já tem dia e hora para acontecer — e promete impulsionar ainda mais a receita da novela mais lucrativa da história da Globo

Cena da morte de Odete Roitman (Beatriz Segall) na primeira versão de 'Vale tudo' (1988)

Cena da morte de Odete Roitman (Beatriz Segall) na primeira versão de 'Vale tudo' (1988)

O crime mais famoso da TV brasileira já tem data para acontecer. Na próxima segunda-feira, 6 de outubro, a vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, será assassinada no remake de Vale Tudo.

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Se o assassinato não pode ser considerado spoiler, o mesmo não se pode dizer sobre quem puxou o gatilho.

A revelação sobre quem matou Odete Roitman ficará para o último capítulo, repetindo o suspense que parou o país na virada de 1988 para 1989.

Mas antes mesmo do tiro, o assassinato já serve de combustível para o caixa da Globo. A expectativa em torno da vilã deve impulsionar ainda mais o desempenho de uma novela que, em questão de semanas, tornou-se a mais lucrativa da história da emissora.

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Uma novela de ouro para a Globo

Somente nos três primeiros meses no ar, Vale Tudo movimentou cerca de R$ 200 milhões em merchandising, com 76 inserções comerciais de 16 marcas diferentes. E cada aparição custa caro: publicações do setor apontam que o preço de tabela da Globo é de R$ 949,2 mil por inserção de 30 segundos — quase R$ 1 milhão para entrar no ar.

Além disso, o remake trouxe para a tela um cardápio de gigantes: Itaú, Vivo, Coca-Cola, BYD, Ambev, Corona, Uber, Dove, Electrolux, O Boticário, L’Oréal, RAM e Hapvida.

A expectativa em torno do assassinato de Odete Roitman transforma cada capítulo em uma oportunidade de ouro para novos anunciantes.

Apesar do sucesso comercial, o título de “novela mais lucrativa da Globo” não passou batido no mercado. Publicitários lembram que a quantidade de inserções não garante mais receita. O que realmente dita preço é a audiência — e nisso, Vale Tudo ainda deixa a desejar.

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Em A Dona do Pedaço (2019), por exemplo, a personagem influenciadora Vivi Guedes, interpretada por Paolla Oliveira, provocou tanta demanda de anunciantes que a Globo abriu um intervalo extra.

No entanto, em 2024 a Globo congelou sua tabela de preços. O primeiro reajuste veio apenas no início de 2025, de cerca de 2% — valor abaixo da inflação. Na prática, os anunciantes pagaram menos, em termos reais, para estar no ar.

O caso Odete Roitman

Assim como na novela original, Odete Roitman divide opiniões. Uma pesquisa Datafolha revelou que apenas 4% dos telespectadores desejam a morte da vilã. Para a maioria, ela deveria terminar na pobreza (47%), na prisão (35%) ou ter outro castigo (18%).

Ainda assim, o assassinato é inevitável. A morte da vilã é parte do DNA da história — e o mistério em torno do autor do crime deve garantir um empurrão final na audiência e no faturamento. 

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Para a Globo, já está ganho. Vale Tudo transformou o assassinato de Odete Roitman em estratégia comercial e fez do merchandising o protagonista paralelo da drama. 

O crime será televisionado em 6 de outubro, mas até lá cada capítulo é uma oportunidade para novas marcas entrarem em cena.

Depois disso, assim como há mais de 30 anos, a pergunta voltará a ser “quem matou Odete Roitman?”

É de se supor que Manuela Dias não repetirá a personagem Leila (Carolina Dieckmmann), assassina na trama original.

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Os mais cotados na versão atual são Marco Aurélio (Alexandre Nero), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira).

Mas, assim como na trama original, quase todas as personagens de Vale Tudo tem razões de sobra para cometer o crime.

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