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Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União

Fachada de uma loja Americanas. É possível ver produtos da loja e um painel na lateral esquerda de dia das mães

Devo, não nego… pago com desconto. No meio do processo de recuperação judicial, a Americanas (AMER3) deu mais um passo para resolver suas pendências financeiras — agora, com uma espécie de “colher de chá milionária” para quitar parte de suas dívidas

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Na última sexta-feira (13), a varejista firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para saldar as dívidas fiscais com a União.

O montante total dos débitos negociados é de aproximadamente R$ 865 milhões.

O acordo trouxe um alívio relevante à varejista, que conseguiu um desconto integral de juros e multas, limitado a 70% do valor consolidado da dívida.

Isso representou uma redução superior a R$ 500 milhões no valor original da dívida da Americanas.

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"O acordo traz benefícios econômicos adicionais para a companhia, uma vez que a manutenção das discussões implicaria em esforço financeiro para oferecimento e manutenção de garantias judiciais, honorários advocatícios e outros custos e despesas processuais", avalia a Americanas.

Segundo a varejista, para pagar o saldo restante da dívida, a empresa utilizará depósitos judiciais vinculados aos débitos, além de créditos oriundos de prejuízos fiscais e recursos do caixa próprio.

A Americanas afirmou que todos os efeitos deste acordo serão “devidamente refletidos nas demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2025”.

A situação financeira da Americanas (AMER3)

Já faz dois anos desde que a Americanas (AMER3) entrou em crise — e, na avaliação do CEO Leonardo Coelho, a varejista ainda levará tempo para superar os efeitos causados pela fraude contábil multibilionária.

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A varejista, que enfrenta uma recuperação judicial na esteira do rombo bilionário, teve prejuízo de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo um lucro líquido de R$ 453 milhões no mesmo período do ano anterior.

Vale lembrar que o primeiro trimestre marca o período de dois anos da fraude na varejista, período no qual a ação AMER3 amargou uma queda de 99,5%.

Segundo o CEO da Americanas, é questão de tempo para o pior ficar para trás. 

Após a divulgação do balanço trimestral, Coelho disse que o ano 2025 está marcando a passagem da Americanas de uma empresa em reestruturação para uma em crescimento.

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“Com o tempo, olhamos mais para o negócio e menos para as distrações da recuperação judicial”, afirmou, em teleconferência de resultados.

Em conversa com analistas, a diretora financeira (CFO), Camille Loyo Faria, afirmou que a varejista poderia deixar o processo de recuperação judicial em fevereiro de 2026, se o plano traçado pela administração evoluir conforme o previsto.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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