Site icon Seu Dinheiro

À prova de balas? BTG corta preço-alvo do Grupo GPS (GGPS3), mas diz que ainda vale colocar as ações na carteira

Os resultados do Grupo GPS (GGPS3) no quarto trimestre de 2024 não impressionaram o mercado e levaram o BTG Pactual a acender um alerta em relação às ações. Após resultados desanimadores, o banco reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 26 para R$ 22.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar de ter desfilado na passarela da temporada de balanços com uma receita líquida de R$ 4,1 bilhões no último trimestre de 2024, representando um aumento de 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, não foram todos os números da companhia que brilharam.

O GPS apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 271 milhões, o que indicou uma queda de 2% em comparação ao quarto trimestre de 2023. Já no acumulado de 2024, os R$ 783 milhões registrados mostraram um tímido avanço de 7% na comparação anual.

Para o BTG Pactual, o balanço da empresa indicou um crescimento e rentabilidade mais fracos do que o esperado, o que reforçou a avaliação de que um crescimento orgânico mais forte levará tempo para acontecer.

Segundo relatório divulgado nesta quinta (13), o banco chegou a reduzir as projeções de crescimento orgânico para 2025, passando de 10% para 6,5%. “Discutimos esse tema extensivamente nos últimos dois anos, buscando razões para uma aceleração do crescimento, mas agora optamos por uma postura mais cautelosa”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês

Grupo GPS sob pressão

Não é de hoje que o crescimento orgânico da companhia de serviços de segurança, limpeza e logística vem preocupando o mercado. No ano passado, o avanço foi de 6,2%, ficando abaixo da meta da própria empresa de 10% a 12%.

Na visão do BTG Pactual, o fraco desempenho é causado pelo foco da empresa em rentabilidade.

Isso porque, em meio a um mercado mais competitivo, no qual alguns concorrentes adotaram estratégias de precificação agressivas, a companhia seguiu com uma postura mais conservadora em relação a preços para preservar as margens, o que impactou no crescimento da receita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, o banco enxerga que a pressão dos pares no mercado não deve se manter no longo prazo. Para os analistas, o Grupo GPS “possui um histórico sólido de alto nível de serviço e preços competitivos, algo difícil de igualar no Brasil”.

Durante a teleconferência de resultados, a companhia afirmou que seguirá priorizando a rentabilidade em relação ao crescimento. Para o BTG, o posicionamento ressalta a disciplina do GPS na gestão de contratos, o que resulta em margens sólidas.

VEJA MAIS: Em entrevista ao Seu Dinheiro, especialistas do mercado apontaram os investimentos mais promissores para o mês; confira

BTG na contramão do mercado

As margens apresentadas pelo GPS no quarto trimestre também decepcionaram o mercado, porém o banco enxerga os resultados “à prova de bala” e recomenda a compra das ações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No quarto trimestre de 2024, a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada da companhia foi de 9,5%, o que representa uma queda de mais de um ponto percentual em relação ao período anterior.

Porém, na visão dos analistas, a companhia vem sentindo os impactos da aquisição da GRSA, que ocorreu em março de 2024. Segundo o relatório, a companhia possui margens menores, em torno de 7%.

Além disso, com a operação, o Grupo GPS passou a lidar com o dobro de provisões trabalhistas. “A margem em torno de 10% indica que suas margens centrais estão em alta, refletindo sua disciplina na gestão de contratos”, afirmou o banco em relatório.

Na avaliação do BTG, o mercado não vem precificando corretamente a capacidade da companhia em manter margens resilientes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas ainda enxergam um potencial significativo de melhoria nas margens da GRSA, que já vêm mostrando sinais de alta. Desde a aquisição a margem Ebitda passou para 7,3% contra os 5% projetados.

Outras aquisições do Grupo GPS, como a Rhmed e a Nutricar, também devem ter um impacto positivo nas margens da empresa, devido a uma alta sinergia entre as companhias. 

Exit mobile version