Site icon Seu Dinheiro

‘Vamos equilibrar o jogo entre pobres e ricos’: Haddad fala sobre imposto para quem ganha entre R$ 50 mil e R$ 100 mil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Preparado para voltar a ver memes sobre o “Taxxad” pipocando por aí novamente? Pode ser que isso aconteça em breve, devido às manifestações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em entrevista concedida à Globonews, veiculada na última quarta-feira (5), o ministro disse que o governo pretende aplicar a cobrança de um imposto mínimo para brasileiros que ganham entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por mês. 

E MAIS: Os melhores ativos para investir com a alta da Selic – analistas explicam como capturar lucros na renda variável em meio à taxa básica de juros em 13,25%

“O que significa um imposto de renda mínimo? Se ele tiver uma receita de R$ 50 mil, mas se é um trabalhador, é um servidor público ou um trabalhador celetista, ele já tem a retenção na fonte, então está excluído dessa regra. É a pessoa que tem R$ 50 mil de renda mensal e não tem retenção compatível com o mínimo que vai ser estabelecido em lei”, explicou.

Haddad ainda completou dizendo que esse imposto mínimo será “relativamente baixo em relação à experiência internacional”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ideia, segundo o ministro, é que a cobrança desse imposto ajude a cobrir o custo da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, que deve vigorar a partir de janeiro de 2026.

Haddad também pontuou que, atualmente, a tributação sobre consumo no Brasil é maior que a média vista em países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Enquanto isso, o imposto de renda é menor que a média da organização, tanto no caso de pessoas físicas quanto no de empresas.

“Vamos procurar, sem aumentar a carga tributária, equilibrar o jogo entre pobres e ricos”, disse Haddad.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Política monetária em doses homeopáticas

Outro ponto importante abordado sobre o ministro na entrevista foi a inflação. Haddad acredita que a taxa acumulada em 12 meses permanecerá acima do teto da meta, de 4,5%, até junho.

A opinião está em linha com a análise feita pelo Banco Central e divulgada na ata da última reunião do Copom, que aconteceu em janeiro.

LEIA TAMBÉM: Com a alta recente da Selic, este título rende 16,15% ao ano e entrega mais que o dobro de retorno da poupança – veja quanto é possível ganhar com R$ 10 mil

Segundo o ministro, é de se esperar que o índice fique acima do teto da meta até o meio do ano porque existe um “atraso” na resposta dos preços à elevação da taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por isso, Haddad defendeu que o BC tem que ter inteligência para lidar com a questão. Segundo ele, a política monetária deve ser empregada “não numa dose para matar o paciente, mas para trazer a inflação gradualmente para o centro da meta”.

Surpresas positivas a caminho?

No entanto, o ministro não deixou de ser otimista e também afirmou que o Brasil pode ter “surpresas agradáveis” neste assunto. 

Na visão do governo, a safra prevista para este ano e a baixa do dólar perante o real, que já supera os 6%, são dois fatores que podem desacelerar a inflação.

VEJA MAIS: Onde investir em fevereiro? Analistas revelaram gratuitamente as principais recomendações de ações, FIIs, BDRs e criptomoedas para buscar lucros

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Eu acredito que nós podemos ter surpresas em relação às expectativas do mercado, como tivemos em relação ao PIB (Produto Interno Bruto)", disse.

Vale lembrar que o PIB brasileiro avançou 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,3% – acima do esperado pelo mercado. 

*Com informações do Money Times, G1 e Reuters.

Exit mobile version