Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento

A uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou em evento que os diretores do comitê estão no processo de mensurar o quão contracionista o juro precisa ser para trazer a expectativa e a inflação de volta para a meta.
"É importante reunirmos dados em quantidade e diversidades suficientes para que a gente possa reunir esse nível de confiança", disse Galípolo no evento J. Safra Macro Day 2025, em São Paulo, nesta segunda-feira (28).
- VEJA TAMBÉM: Conheça o Guia do Imposto de Renda 2025, do Seu Dinheiro, e veja uma forma descomplicada de fazer a sua declaração
Na última reunião, em março, o Copom ajustou o chamado forward guidance, antecipando que a Selic subirá de novo em maio, mas não na mesma intensidade das últimas três reuniões.
Ou seja, fez um aceno de que a taxa de juros ainda sobe mais um pouco — algo entre 75 e 25 pontos-base — antes de começar a cair.
A maioria dos analistas tem como palpite uma alta de 0,50 ponto percentual da Selic na reunião da próxima semana, mas tem crescido o número dos que apostam em um ajuste menor, de 0,25 ponto.
Dar tempo ao tempo
Em sua declaração no evento, Galípolo exemplificou que, quando ele chegou ao Copom, alguns dados indicavam que a inflação já estava mais comportada, porém, os dados se reverteram posteriormente.
Leia Também
"Precisamos de um tempo para a política monetária fazer efeito, após a elevação do juro", afirmou.
Por ora, o diretor do BC avalia apenas que a inflação está rodando acima da meta e que a economia dá sinais iniciais de arrefecimento.
Segundo Galípolo, os membros do Copom estão bastante incomodados com as expectativas de inflação, que seguem bastante desancoradas.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
Ao ser questionado sobre a inflação implícita — diferença entre a taxa de juros nominal e a taxa de juros real, refletindo a expectativa do mercado sobre a inflação futura — do mercado caindo, Galípolo disse que se trata de um indicador importante a se considerar no próximo encontro.
Contudo, ponderou que, em um ambiente de tamanha volatilidade e incerteza quanto o atual, é preciso adicionar uma dose de parcimônia na análise destes dados.
"Queremos entender em que nível e por quanto tempo temos de deixar os juros", disse ele.
Tarifas e desafios do Copom
Para o presidente do BC, até março, a expectativa sobre o nível das tarifas do presidente Donald Trump teve um peso importante na decisão dos juros, pois se avaliava um cenário de desaceleração global, que, de alguma maneira, poderia oferecer risco de desinflação.
Tal cenário foi mencionado no balanço de riscos da comunicação do Copom.
Já em abril, após a escalada das tarifas, passou a ser difundida a ideia de que talvez não seja factível ter tarifas no patamar anunciado, de modo que ainda não se tem clareza sobre o quanto essa política pode afetar os países.
- LEIA MAIS: O Lifestyle do Seu Dinheiro chegou para te manter atualizado sobre as principais tendências de comportamento e consumo; receba nossa newsletter gratuita
Para Galípolo, é importante falar e analisar o cenário internacional neste momento, porque as transformações que estão sendo feitas são profundas. E não só: o presidente considera que este é um dos principais desafios da atualidade.
"Do ponto de vista do Banco Central, é óbvio que demanda devida cautela a exponencialidade do problema para países emergentes", afirmou, acrescentando que economias emergentes vão se deparar com um cenário ainda mais desafiador à frente.
Na sua opinião, o Copom foi "feliz" na última comunicação, pois tanto a ata quanto o comunicado passaram "bem" por esses últimos 45 dias, destacando que os três pontos de preocupação seguem valendo:
- A dinâmica corrente da inflação, que permanece acima da meta e com expectativas desancoradas;
- A defasagem que a política monetária apresenta e o que foi feito no passado;
- A ampliação da incerteza internacional demanda flexibilidade e cautela.
"As mensagens do último ciclo de comunicação do Copom continuam vigentes", disse Galípolo.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
Congresso derruba veto de Lula e livra FIIs e fiagros de novos impostos — mas conta de luz pode ficar mais cara; entenda
O governo Lula vive uma queda de braço com os parlamentares, que votaram pela derrubada de uma série de vetos do presidente
Corpus Christi pode render feriadão; veja o que abre e fecha na quinta-feira (19) e na sexta-feira (20)
Bancos, bolsa, Correios e transporte público terão mudanças no funcionamento; ponto facultativo traz folga aos mercados
Lotofácil faz mais um milionário, mas não brilha sozinha; Mega-Sena acumula e prêmio sobe a R$ 130 milhões
Ganhador ou ganhadora do concurso 3420 da Lotofácil efetuou aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa; além da Mega-Sena, a Quina também acumulou
Ex-BC Fábio Kanczuk vê Selic a 15% e risco de corte precoce por pressão política — mas postura do Copom com a inflação deveria ser mais dura
Diretor de macroeconomia do ASA acredita que o Brasil precisa de um choque recessivo para conseguir segurar a expectativa de inflação futura
A coisa está feia para o dólar: faz duas décadas que os gestores globais não ficam tão descrentes assim com a moeda
Investidores correm da moeda norte-americana enquanto montam posições em euro e se mostram mais otimistas com emergentes — incluindo o Brasil
Selic sobe ou fica? Gestores estão divididos nas suas projeções para o Copom, mas são unânimes em uma aposta; veja qual
Pesquisa da XP mostra dualidade de opiniões em relação aos juros básicos do país, mas otimismo em relação a outras possibilidades de investimento
Câmara aprova urgência de duas medidas em meio ao impasse do IOF — e uma deve trazer dor de cabeça para o governo
Com a aprovação do caráter de urgência, ambos os projetos podem ser votados diretamente no plenário, sem passar pelas comissões
O país dos juros altos: por que a Selic está tão alta e qual a tendência para os próximos anos?
Touros e Ursos desta semana traz uma entrevista com Samuel Pessôa, pesquisador macro do BTG Pactual, para falar sobre Copom, juros e contas públicas
Fluxo de investimento estrangeiro impulsiona competitividade no Brasil, mas país continua com “voo de galinha”
País avança quatro posições em ranking global de competitividade, mas segue entre os últimos colocados; entenda quais são os principais entraves ao desenvolvimento no longo prazo
Lotofácil começa a semana premiando apostador insistente; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
Ganhador ou ganhadora do concurso 3419 da Lotofácil vinha insistindo sempre nos mesmos números; Mega-Sena pode pagar R$ 110 milhões na noite desta terça-feira
Do volante às passarelas: Renault anuncia saída de CEO, que assume comando de gigante das grifes de luxo; ações da montadora caem
Enquanto os papéis da fabricante de automóveis francesa recuaram nesta segunda-feira (16) em Paris, o mesmo não aconteceu com a empresa que estará sob o comando de Luca de Meo a partir de julho
Chegou chegando: Pix Automático começa a ser oferecido pelos bancos nesta segunda-feira (16)
Nova modalidade pretende substituir débito automático e boletos
Agenda econômica: Super Quarta e outras decisões de juros dominam a semana; veja o que você precisa saber para navegar o mercado
Decisões de juros nos EUA, Brasil, Reino Unido, Japão e China marcam uma das semanas mais carregadas de 2025 — e exigem atenção redobrada dos investidores
Taxação de LCI e LCA, JBS (JBSS32) nos EUA e Petrobras (PETR4) enfrenta desafios — confira o que foi notícia na última semana
Apesar da semana do Dia dos Namorados ter chegado ao fim, muitas notícias importantes se destacaram entre as mais lidas do Seu Dinheiro
Desempenho da economia será decisivo nas eleições de 2026, não o tamanho do déficit fiscal, diz Haddad
O chefe da pasta econômica defendeu que, se a economia estiver indo bem, aumentam as chances de reeleição do presidente Lula
Você deveria estar se preparando para o pior no conflito entre Israel e Irã. Como proteger seu patrimônio desde já?
O Seu Dinheiro conversou com especialistas para entender por que você não deve esperar a situação se agravar para começar a pensar no melhor para os seus investimentos
“Israel só vai parar quando destruir toda a capacidade nuclear do Irã”: quais os impactos do ataque para a economia global?
O Seu Dinheiro ouviu especialistas, que contam os riscos de o conflito escalar para uma guerra entre israelenses e iranianos e como isso mexe com o bolso de quem investe
‘Declaração de guerra de Israel’: Petróleo dispara 8% com ataque histórico ao Irã; bolsas caem no mundo todo e dólar ganha força
A ofensiva de Israel matou líderes militares do Irã e cientistas nucleares de alto escalão. À ONU, Teerã classificou os ataques como “declaração de guerra”
Sorte no amor, azar no jogo? Não é o que aconteceu na Lotofácil: aposta solitária fatura prêmio. Mega-Sena promete R$ 100 milhões
Enquanto a Lotofácil fez um novo milionário, Mega-Sena e a Quina continuaram acumulando — e os prêmios ficaram ainda mais tentadores
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena sorteia bolada nesta quinta-feira; Lotofácil premia 2 sortudos com R$ 800 mil
As engrenagens da Mega-Sena giram novamente na noite desta quinta-feira (12), às 20h. Em jogo, uma bolada de R$ 90 milhões no concurso 2.875. No concurso da última terça (10), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h.A Mega-Sena […]