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Testes na Margem Equatorial são encerrados. O que falta agora para a Petrobras ganhar o aval do Ibama?

Navio-plataforma da Petrobras (PETR4)

Navio-plataforma da Petrobras (PETR4)

Chegaram ao fim os testes para avaliar a capacidade da Petrobras (PETR4) de responder a incidentes ambientais na Margem Equatorial, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Agora, o órgão ambiental revela os próximos passos para que a estatal ganhe o sinal verde para a exploração de petróleo na região.

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Em nota divulgada na quarta-feira (27), o Ibama anunciou que, com a conclusão da chamada Avaliação Pré-Operacional (APO), haverá uma desmobilização da equipe do instituto. Assim, o órgão dará início aos trabalhos de análise dos resultados dos diversos postos de observação.

Ainda segundo o documento, os trabalhos terminaram sem nenhum contratempo. ”Após o encerramento da APO, considerando o elevado número de avaliadores, bem como os diversos itens a serem avaliados, não é possível precisar o tempo para a conclusão do relatório”, disse o Ibama.

A APO é uma etapa essencial para que a petroleira consiga a liberação do Ibama para a exploração no bloco marítimo FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas, que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.

Por meio de simulação de uma emergência ambiental envolvendo vazamento de petróleo, a APO verificou a efetividade do Plano de Emergência Individual proposto pela Petrobras.

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Novas fronteiras para a Petrobras, novas preocupações para ambientalistas

A Margem Equatorial é vista pela indústria do petróleo como a nova fronteira de exploração de petróleo, com gigante potencial de produção.

Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname, países vizinhos ao norte do Brasil, mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador.

A Petrobras tem poços na nova fronteira exploratória, mas, por enquanto, só possui autorização do Ibama para perfurar dois, que estão localizados na costa do Rio Grande do Norte.

Embora seja vista como um avanço para o setor, a proximidade de ecossistemas sensíveis na região gera preocupações sobre os impactos da atividade ao meio ambiente.

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Entre ambientalistas, há também a percepção de que se trata de uma contradição à transição energética, que defende a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, que emitam menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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