Quanto a família de um jovem tenista precisa investir para se tornar profissional? Segundo Dominic Thiem, ex-top 3 do mundo e campeão do US Open 2020, o valor ultrapassa os R$ 5 milhões até o atleta começar a ganhar algum dinheiro nos torneios.
Em entrevista recente ao podcast “Business of Sport”, o atleta recém-aposentado comentou que um aspirante a tenista tem que desembolsar cerca de US$ 80 mil a US$ 100 mil por ano (aproximadamente de R$ 423 mil a R$ 529 mil) — US$ 1 milhão (R$ 5,3 milhões), ao todo.
“De 13 a 18 anos, ou até o ponto em que o garoto está ganhando dinheiro, você precisa gastar entre 80 mil a 100 mil dólares por ano. Quando você começa a jogar os Grand Slams juvenis, viaja de 30 a 35 semanas por ano, igual um profissional, mas não está ganhando dinheiro nenhum. Não há premiação. No total, custa perto de um milhão de dólares, o que é uma quantia inacreditável de dinheiro. Ninguém pode arcar com isso”, disse Thiem.
De acordo com o austríaco, a maneira mais comum dos atletas juniores bancarem suas despesas nas competições é por meio de investidores e patrocinadores.
João Fonseca, por exemplo, fechou um contrato milionário com a On Running quando tinha apenas 16 anos. A empresa tem o lendário tenista Roger Federer como um de seus principais acionistas.
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Thiem ainda conta que um tipo de contrato muito comum no tênis é: uma empresa coloca investe determinado valor em um atleta e uma certa porcentagem é paga de volta nos anos seguintes de acordo com os valores ganhos em premiações.
“É um acordo muito comum. É claro que há um limite, mas a maioria dos acordos é assim. Eu tinha um acordo parecido quando comecei a jogar. Eu recebia um dinheiro com 15 ou 16 anos e tive que pagar de volta até os 21 anos”, contou o tenista aposentado.
Vale dizer que é sabido, no meio do tênis, que os valores para uma trajetória em busca do profissionalismo envolvem altos valores. Profissionais ligados ao circuito confirmaram ao Seu Dinheiro que o valor desembolsado pelas famílias de aspirantes a tenistas de fato gira em torno de US$ 100 mil por ano antes de uma eventual profissionalização.