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O “futuro da televisão”: Como vai funcionar a TV 3.0, regulamentada hoje por Lula e com previsão de alcançar todas as capitais até a Copa de 2026

Fotografia do presidente Lula

Presidente Lula

Os aparelhos de TV ainda eram de tubo quando a Mitsubishi começou a anunciar televisores com “garantia até a próxima Copa”. Eles evoluíram, primeiro para a tela plana, depois para as televisões de plasma e em seguida para as de led. O sistema de transmissão também mudou. Passou de analógico para digital. Agora, a meta do governo Luiz Inácio Lula da Silva é ver o alcance da TV 3.0 atingir todas as capitais brasileiras “até a próxima Copa”, que começa daqui a menos de um ano.

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O decreto que regulamenta a nova geração da televisão aberta, também chamada de DTV+, foi assinado nesta quarta-feira (27) por Lula e pelo ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho. A novidade é chamada pelo Ministério das Comunicações de "futuro da televisão no Brasil"

A implantação começará de forma gradual nas grandes capitais do Brasil, com previsão de início das transmissões já no primeiro semestre de 2026, possivelmente durante a Copa do Mundo.

É um desafio e tanto. A próxima Copa vai começar em 11 de junho do ano que vem. Ou seja, o prazo para que isso se torne realidade é de menos de dez meses.

TV 3.0: mais tecnologia e interatividade

A TV 3.0 não é apenas uma atualização tecnológica: ela é vista como uma transformação no modelo de negócio da televisão aberta.

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Os canais deixam de ser apenas faixas de frequência e passam a funcionar como aplicativos digitais, capazes de entregar conteúdo ao vivo, sob demanda e com interatividade avançada.

Essa iniciativa transforma a televisão aberta em um modelo mais próximo do streaming. Os benefícios são:

Para o mercado, isso significa a possibilidade de surgimento de novos players, expansão de receita publicitária e aumento da competitividade.

R$ 7,5 milhões em investimentos no setor

O programa recebeu R$ 7,5 milhões em investimentos e inclui testes, regulamentação de frequências e adaptação de emissoras. 

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O padrão técnico adotado é o ATSC 3.0, recomendado pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD), que avaliou aspectos de transmissão, áudio, vídeo, interatividade e segurança.

Segundo especialistas, a adoção do ATSC 3.0 aumenta a eficiência da transmissão e abre espaço para que pequenas e médias emissoras entrem no mercado, tornando o setor mais democrático e acessível.

Aplicativos públicos e serviços digitais integrados

A TV 3.0 também integra a Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, reunindo conteúdos de emissoras públicas e serviços governamentais em aplicativos interativos.

Isso amplia o papel da televisão como canal de inclusão digital e prestação de serviços públicos.

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Capitais recebem as primeiras transmissões em 2025

As transmissões experimentais começam ainda em 2025 nas principais cidades, como São Paulo e Brasília. A princípio, os testes apenas nas capitais servem para verificar se a nova tecnologia funciona bem, ajustar detalhes técnicos e preparar as emissoras, equipamentos e o público para a mudança.

O governo estima que o processo completo de adoção da TV 3.0 em todo o país leve até 15 anos, abrangendo mais algumas Copas do Mundo, dada a complexidade da implementação. Será uma transição gradual e escalonada, semelhante ao que ocorreu na mudança do sinal analógico para o digital.

O acesso exigirá televisores compatíveis ou conversores, mantendo o uso de antenas tradicionais.

Mesmo sem internet, os espectadores terão acesso a conteúdos ao vivo. Para aqueles com conexão, será possível interagir com aplicativos das emissoras, navegando por conteúdos adicionais sob demanda.

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