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Linha 19 do Metrô SP: Odebrecht volta aos holofotes ao lado de chinesa Power China ao liderarem leilão dos dois primeiros lotes

Linha 19-Celeste, do Metrô de São Paulo

Os leilões da Linha 19-Celeste do Metrô de São Paulo reacenderam velhos debates sobre obras públicas bilionárias no Brasil. Além da forte concorrência, o certame marcou o retorno de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.

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A Odebrecht — que voltou a adotar seu nome original neste ano, após rebatizar-se como OEC e passar por recuperação judicial — apresentou a proposta de menor valor para o Lote 2 do projeto: R$ 6,705 bilhões. Já o Lote 1 ficou com a chinesa Yellow River, subsidiária da Power China, que ofereceu R$ 4,89 bilhões.

Há algum tempo a Odebrecht tenta recuperar espaço em contratos públicos, depois de se envolver em casos de corrupção no passado. Para críticos, a presença dessas companhias em licitações levanta dúvidas sobre transparência e lisura nos novos acordos.

Já a Power China é figurinha carimbada no processo, visto que é sócia da brasileira Mendes Júnior em um consórcio que opera dois lotes da Linha-2 Verde, em São Paulo.

Com orçamento inicial de R$ 19,5 bilhões, a Linha 19-Celeste foi dividida em três lotes para acelerar as obras. A ideia do governo é contratar empresas diferentes para que os trabalhos ocorram em paralelo.

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Falta o leilão do terceiro lote, que liga a Vila Maria ao Anhangabaú.

Os vencedores, entretanto, ainda não têm contrato assinado. Conforme as regras do leilão, cada empresa precisa passar por uma análise técnica da documentação — um processo que pode levar de um a dois meses. A oficialização só acontece depois.

Odebrecht e Power China: quem levou cada trecho

Trecho de 5,7 km, com cinco estações em Guarulhos (Bosque Maia, Guarulhos-Centro, Vila Augusta, Dutra e Itapegica).

Trecho de 5,6 km na Zona Norte de São Paulo, incluindo cinco estações (Jardim Julieta, Vila Sabrina, Cerejeiras, Santo Eduardo e Vila Maria) e o pátio de manutenção em Vila Medeiros.

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A Linha 19-Celeste: o que muda para a população?

A expectativa é que os contratos com as construtoras estejam assinados entre o final de 2025 e o início de 2026. As obras da Linha 19-Celeste devem começar em 2027, com previsão de conclusão para 2033.

As licitações recentes são apenas para construção da infraestrutura da linha metroviária. Após a conclusão, a operação será concedida à iniciativa privada por meio de outra licitação.

Quando estiver pronta, a Linha 19-Celeste será o primeiro eixo de metrô a ligar diretamente o centro de São Paulo à região central de Guarulhos, o segundo município mais populoso do estado.

Com 17,6 km de extensão e 15 estações subterrâneas, a linha deve transportar cerca de 630 mil passageiros por dia, segundo estimativas do governo estadual. Além disso, o projeto considera:

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As 15 estações que farão parte do novo trajeto são:

*Com informações do Estadão Conteúdo e Metrô CPTM.

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