O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta terça-feira (14) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou uma decisão sobre o horário de verão em 2025.
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De acordo com Silveira, não existe a necessidade de retomar o horário de verão neste ano.
Durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da EBC, Silveira afirmou que o país está em condição de segurança e eficiência energética “completa e absoluta” para enfrentar o ano sem recorrer à mudança nos ponteiros.
“Nós estamos completamente seguros de que não precisamos do horário de verão este ano”, declarou o ministro.
Segurança energética “completa e absoluta”
Segundo Silveira, a decisão foi embasada em dados analisados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reúne mensalmente para avaliar a situação dos reservatórios hidrelétricos e o equilíbrio do sistema.
“Graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano”, destacou.
O ministro também lembrou que o Brasil depende naturalmente de suas hidrelétricas, apoiadas por térmicas e por novas fontes renováveis — como solar e eólica.
No entanto, garantiu que a matriz elétrica brasileira é hoje robusta o suficiente para dispensar o horário de verão em 2025, que, segundo ele, “não se justifica diante da atual estabilidade do sistema”.
Silveira afirmou que o governo não descarta o retorno da medida em um cenário de risco — mas reforçou que, neste momento, não há necessidade técnica.
O ministro também comentou que, caso fosse necessário, o governo teria “coragem completa e absoluta” de retomar o horário de verão.
A fala ocorre semanas após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendar o retorno da medida para aliviar sobrecargas no sistema — posição que o Ministério de Minas e Energia afirma seguir “em monitoramento permanente”, mas sem ver necessidade de mudança neste ano.
Por que o horário de verão foi suspenso
O horário de verão está suspenso desde 2019, após estudos do próprio MME indicarem que a economia de energia deixara de ser significativa — em parte, pelo aumento do uso de ar-condicionado e equipamentos eletrônicos ao longo do dia, o que neutralizou o efeito de poupança noturna.
Antes, a medida tinha como objetivo reduzir o consumo no horário de pico, aproveitando mais a luz natural. Com a mudança dos hábitos e a diversificação da matriz, o governo passou a considerar o horário de verão uma ferramenta emergencial, e não mais uma política de rotina.
O ministro resumiu o posicionamento do governo com segurança: não há risco de falta de energia, e a medida não voltará em 2025. Mas a fala deixou uma fresta aberta — caso o cenário mude, o relógio pode voltar a correr.