Há uma bolha imobiliária em São Paulo? O UBS responde
Levantamento do banco suíço mostra cidades globais com maior e menor risco de bolha nos seus mercados de imóveis
Quem procura um imóvel para comprar na cidade de São Paulo pode estar achando tudo muito caro, sobretudo nas construções novas. Mas, mesmo entre as propriedades mais antigas, o preço muitas vezes não condiz com a qualidade e parece também não condizer com a renda da população. Afinal, há uma bolha imobiliária em São Paulo? E, em caso positivo, ela pode vir a estourar e finalmente dar a oportunidade a tantas pessoas de realizarem o sonho da casa própria?
Bem, por mais que os paulistanos que ainda moram de aluguel torçam para que sim, segundo levantamento do banco suíço UBS, tudo indica que não, não há bolha imobiliária na maior cidade da América Latina.
De acordo com o UBS Global Real Estate Bubble Index 2025 (Índice de Bolha no Mercado Imobiliário do UBS Global, em tradução livre), São Paulo é, de todas as 21 cidades pesquisadas, a que tem menor risco de bolha imobiliária no mundo.
- LEIA TAMBÉM: Quer investir mais e melhor? Faça seu cadastro gratuitamente na newsletter do Seu Dinheiro e receba dicas de onde investir melhor diariamente
Trata-se da única com índice negativo (-0,10), o qual ainda registrou uma queda em relação a 2024. Outras cidades com risco baixo são Milão, Paris, Nova York, São Francisco, Londres e Hong Kong.
Segundo o UBS, os preços reais (descontada a inflação) dos imóveis em São Paulo caíram cerca de 25% entre 2014 e 2022. E, apesar das vendas robustas, têm permanecido estáveis desde 2022, devido ao impacto das taxas de juros dos financiamentos imobiliários em dois dígitos, com a alta vista na taxa básica de juros, a Selic.
Assim, boa parte da alta nominal de preços percebida pela população na última década reflete a inflação, que foi de quase 70% entre 2014 e 2022, e de 92% de 2014 para cá, quando medida pelo IPCA.
Leia Também
Ainda de acordo com o levantamento do UBS, alugar em São Paulo continua mais barato do que comprar. Os aluguéis reais subiram 5% no último ano e agora estão aproximadamente 25% acima dos níveis de 2022, refletindo forte demanda de locatários e baixa vacância em áreas bem localizadas.
O banco destaca ainda que, embora a inflação já tenha se moderado, o Banco Central ainda não sinalizou cortes de juros. Assim, enquanto as taxas dos financiamentos imobiliários permanecerem elevadas e penalizarem o uso de dívida para a aquisição de imóveis, grandes altas de preços no mercado imobiliário são improváveis.
- CONFIRA: Grandes especialistas revelam onde estão as melhores oportunidades do momento no podcast Touros e Ursos, do Seu Dinheiro; veja agora
Então onde existe risco de bolha imobiliária?
Embora o mercado imobiliário paulistano esteja "fora de perigo", de acordo com o índice do UBS, há sim grandes cidades globais com alto risco de bolha, e outras onde esse risco disparou do ano passado para cá.
Miami, na Flórida, lidera o risco de bolha imobiliária global, seguida por Tóquio e Zurique. Todas as três cidades se encontram no nível de alto risco.
Também se destacam como risco elevado as cidades de Los Angeles, Dubai, Amsterdam e Genebra. Dubai e Madri, por sua vez, foram as cidades que apresentaram os maiores aumentos de risco em relação à edição anterior do levantamento.
- LEIA TAMBÉM: Conheça as análises da research mais premiada da América Latina: veja como acessar os relatórios do BTG Pactual gratuitamente com a cortesia do Seu Dinheiro
Nos últimos cinco anos, Dubai e Miami lideraram em crescimento médio dos preços reais de moradias de cerca de 50%, contrariando a tendência global de desaceleração do mercado imobiliário. Tóquio e Zurique vêm em seguida, com altas de 35% e quase 25%, respectivamente. Já Madri teve o maior crescimento real de preços de todas as cidades em relação ao ano passado, de 14%.
Segundo o UBS, em média, os mercados imobiliários globais continuam em desaceleração. “O entusiasmo generalizado diminuiu, com o risco médio de bolha nas grandes cidades caindo pelo terceiro ano consecutivo,” disse, em nota, Matthias Holzhey, autor principal do estudo no CIO do UBS Global Wealth Management.
Cidades que apresentavam alto risco de bolha imobiliária em 2021 — como Frankfurt, Paris, Toronto, Hong Kong e Vancouver — tiveram queda média de quase 20% nos preços reais desde o pico, devido ao aumento das taxas de juros. Em comparação, cidades com menor desequilíbrio registraram queda média de 5%.

Dificuldade de acesso à moradia
Segundo o UBS, a dificuldade de acesso à moradia limita a demanda por imóveis globalmente e aumenta o risco de intervenção regulatória, quando os governos adotam novas regras de modo a tornar as propriedades mais acessíveis para a população.
Foi o que aconteceu em mercados como Vancouver, Sydney, Amsterdã, Paris, Nova York, Singapura e Londres, diz o estudo, onde regulações mais rígidas — como novos impostos, restrições à compra e controle de aluguel — contribuíram para desinflar os preços.
De acordo com o estudo, Hong Kong é a cidade menos acessível para a população comprar um imóvel, exigindo cerca de 14 anos de renda para a aquisição de um apartamento de 60 metros quadrados.
Em Tóquio, Paris e Londres, os preços também se desvincularam da renda local, com a relação preço/renda superando dez vezes a renda anual média. Em São Paulo, são cerca de oito anos da renda média.
No geral, porém, para um trabalhador qualificado, uma moradia acessível financeiramente está hoje 30% mais barata que em 2021.
O UBS projeta ainda que, com a tendência de cortes de juros à frente, a busca por ativos reais, como os imóveis, deve crescer, e os financiamentos devem ficar mais acessíveis, o que pode trazer novo impulso para os preços. "A oferta limitada na maioria dos grandes centros urbanos também tende a sustentar novas altas" de preços", diz o estudo.
Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje
Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.
Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica
O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)
Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos
Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados
Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA
A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros
Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino
Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana
COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém
Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30
‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets
Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
