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Computação na nuvem pode gerar lucro de até US$ 1,2 trilhão para as empresas nos próximos anos — ETF do setor entra no radar do BTG Pactual

Investimentos em computação em nuvem

Homem em barras de gráfico de concreto sob nuvem digital.

O termo “computação na nuvem” provavelmente remete às fotos da sua última viagem ou do Carnaval que estão em algum serviço de armazenamento on-line. Porém, o segmento vai muito além de apenas guardar arquivos e tem potencial de gerar R$ 1,2 trilhão para as empresas até 2040, segundo o BTG Pactual.

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O levantamento revela que a computação em nuvem se tornou um dos segmentos mais importantes da economia digital, uma vez que possibilita escalabilidade, segurança e redução de custos para as companhias.

E essa importância deve aumentar. De acordo com o banco, o mercado de computação em nuvem deve dobrar nos próximos quatro anos, com as big techs ampliando os investimentos no setor.

Só a Microsoft pretende aumentar 300% os recursos, passando de US$ 20,6 bilhões para US$ 80 bilhões até 2030. A Alphabet, dona do Google, também está com planos de crescimento e deve investir US$ 75 bilhões nos próximos cinco anos, o que representa um aumento de 236% . 

A Amazon é a empresa que apresenta o crescimento mais tímido, de 85%, passando de aproximadamente 54 bilhões para 100 bilhões. Porém, a companhia já tem uma posição de liderança no setor.

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E é justamente esse crescimento nos investimentos na computação em nuvem que deve engordar o caixa das empresas. 

O levantamento do BTG Pactual revela que o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) incremental para as companhias que adotam a computação na nuvem pode aumentar entre US$ 700 bilhões até US$ 1,2 trilhões.

Já os setores que mais vão se beneficiar são os de tecnologia, petróleo e gás, varejo e saúde. Isso porque os segmentos têm mais potencial de redução dos gastos em tecnologia da informação através da ampliação da terceirização dos processos.

Na carteira: Os ETFs de tecnologia na nuvem

Segundo o BTG Pactual, os principais Exchange Traded Funds (ETFs) de computação na nuvem são: Global X Cloud Computing ETF (BCLO39), First Trust ISE Cloud Computing ETF (BKYY39) e o WisdomTree Cloud Computing Fund (BWCL39).

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Apesar do setor de computação em nuvem estar crescendo, não foram todos os fundos que brilharam na bolsa. Desde 2019, os ETFs BCLO39 e BWCL39 não conseguiram superar o desempenho do S&P Global, índice que engloba as 500 maiores empresas norte-americanas.

O levantamento do banco indica que os principais riscos para os ETFs do segmento de computação em nuvem são os ataques hackers, que vêm dificultando a segurança no setor. 

Além disso, enxerga que os altos custos e complexidade para a transição para a nuvem e o aumento da competitividade no mercado também são pontos de atenção para os fundos.

Apesar disso, há um ETF que entrou no radar do BTG Pactual: o BKYY39. O fundo chamou a atenção com uma valorização de 81% desde 2019, superando o S&P 500 em 35%.

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As gigantes na corrida da computação em nuvem

A gigante no setor de computação em nuvem é conhecida: a Amazon Web Services (AWS) lidera o segmento, com aproximadamente 31% do mercado global.

Só no último trimestre, a divisão de computação em nuvem da big tech registrou um crescimento de 19% na receita líquida.

Apesar de representar menos de 15% da receita total da Amazon, a unidade representa mais de 50% do lucro operacional. Segundo o BTG Pactual, isso revela a alta rentabilidade do setor de computação em nuvem em comparação com as demais divisões da empresa.

Além disso, o banco destaca que a AWS tem sido um dos principais pilares do aumento da lucratividade da Amazon nos últimos anos.

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Já o segundo lugar no ranking global fica com outra famosa: a Microsoft Azure, que detém 25%. Em seguida, o Google Cloud ocupa a terceira posição no pódio, com 11% do mercado.

Apesar de ficarem atrás da empresa de Jeff Bezos, a concorrência é pesada e vem apresentando um crescimento expressivo. As duas rivais da Amazon tiveram uma taxa de crescimento de 30% da receita líquida no trimestre mais recente, segundo o banco.

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