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Rubens Menin, fundador da MRV e do banco Inter, fala em busca por ‘consciência fiscal coletiva’ e ‘luz no fim do túnel’, mas falta enxergá-la

Rubens Menin, presidente do conselho de administração do Grupo MRV (MRVE3).

Rubens Menin, presidente do conselho de administração do Grupo MRV (MRVE3).

A formação de massa crítica é o sonho de quem quer que promova uma ideia minoritária na sociedade. Existem até modelos estatísticos para determinar quando ela é atingida. Parece ser dentro dessa lógica que o empresário Rubens Menin, fundador da construtora MRV e do banco Inter, defende a formação de uma "consciência coletiva fiscal" no Brasil.

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Na visão de Menin, a queda da taxa de juros no Brasil só virá quando a “consciência fiscal” for discutida amplamente. O comentário foi feito durante a participação do empresário na CEO Conference 2025, promovida pelo banco BTG Pactual.

Menin avalia que a sociedade como um todo deve estar engajada e discutir a questão fiscal como uma prioridade.

“A reforma da previdência só aconteceu quando toda a sociedade se dispôs a discutir. Por isso, acredito que discutir a consciência fiscal seja importante. O fiscal já melhorou no Brasil, mas ainda precisamos de mais”, disse Menin.

“Existe uma luz no fim do túnel e nós precisamos achar”, disse Menin durante painel mediado por André Esteves, presidente do conselho e sócio do BTG Pactual.

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O painel também contou com as participações de Rubens Ometto, fundador e sócio controlador da Cosan, Carlos Sanchez, presidente do conselho do Grupo NC, e Ricardo Faria, presidente do conselho da Granja Faria.

Como Menin, Ometto defende juros mais baixos

Ometto, da Cosan, disse que os juros mais altos acabam "acomodando as pessoas e as empresas brasileiras"m que deixam seu dinheiro parado nos títulos de renda fixa.

“Os juros precisam estar mais baixos para o dinheiro circular”, avaliou.

Esteves vê amadurecimento do debate econômico

Esteves, por sua vez, destacou os desafios e oportunidades do cenário econômico brasileiro, ressaltando a importância da resiliência empresarial diante das incertezas políticas e fiscais.

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O banqueiro reconheceu que o país atravessa um momento de instabilidade, com a taxa Selic chegando a 14,25% em março e a inflação acima da meta, além das indefinições sobre o cenário eleitoral de 2026.

No entanto, ele lembrou que, historicamente, o Brasil já enfrentou desafios semelhantes e que a força do empreendedorismo continua sendo um diferencial.

Para ele, o pessimismo atual pode ser um reflexo do amadurecimento do debate econômico.

“Há 10 ou 20 anos, uma inflação de 5,5% seria um enorme sucesso. Juros de 7% eram a normalidade. E a discussão sobre déficit era restrita aos economistas, não uma preocupação da sociedade”, afirmou Esteves.

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Apesar das dificuldades, ele acredita que o país tem condições de evoluir para um ambiente de negócios mais previsível, impulsionado por avanços em escala e tecnologia.

*Com informações do Money Times.

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