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Banco Genial informa que não é investigado na Operação Carbono Oculto e renuncia a administração de fundo citado

Receita Federal investiga fintechs e gestoras da Faria Lima na Operação Carbono Oculto.

Receita Federal investiga fintechs e gestoras da Faria Lima na Operação Carbono Oculto.

O Banco Genial informou ao mercado, na última quarta-feira (3), que não é investigado na Operação Carbono Oculto nem foi alvo de busca e apreensão. A mesma afirmação vale para as demais empresas do grupo econômico da instituição financeira.

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Deflagrada em 28 de agosto, a Operação Carbono Oculto envolveu diversos órgãos de Estado, como a Receita Federal, a Polícia Federal e os Ministérios Públicos Federal e Estadual de São Paulo para desbaratar um megaesquema criminoso envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e instituições financeiras.

A operação investiga fraudes no setor de combustíveis e lavagem de dinheiro, envolvendo inclusive nomes de destaque da região da Faria Lima, coração financeiro da cidade de São Paulo.

Em comunicado ao mercado, o Banco Genial diz ter recebido "com surpresa a menção ao seu nome em uma série de reportagens relacionadas" à operação e esclareceu que foi citado nas mídias na condição de administrador do Radford Fundo de Investimento Financeiro Multimercado Crédito Privado – Responsabilidade Limitada, este sim sob investigação, em razão de seu único cotista, a Usina Itajobi.

Ainda segundo o banco, o fundo em questão foi originalmente estruturado por outros prestadores de serviços e transferido ao Banco Genial em agosto de 2024.

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"Na qualidade de administrador do Fundo, o Banco Genial cumpriu rigorosamente todas as diligências de compliance, tendo rastreado toda a estrutura societária até a identificação do beneficiário final", diz o comunicado.

Banco Genial renuncia à prestação de serviços ao fundo Radford

No mesmo comunicado, o Banco Genial esclarece que deixou de prestar serviços ao fundo investigado na Operação Carbono Oculto. "Em respeito à transparência e à confiança do mercado, diante da menção ao Fundo pela imprensa e até que os fatos sejam devidamente esclarecidos, o Banco Genial optou por renunciar imediatamente à prestação dos serviços ao Fundo", diz a instituição financeira.

Ainda segundo o documento, em reunião realizada ontem, o Ministério Público de São Paulo "esclareceu que o Banco Genial não figura como investigado na Operação 'Carbono Oculto', sendo considerado terceiro de boa-fé e mencionado apenas para fornecer informações sobre o Fundo Radford."

Contatado pelo Seu Dinheiro, o MP-SP não confirma nem nega a informação, dizendo que a investigação corre em segredo de Justiça.

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"O Banco Genial reitera que seus atuais procedimentos de onboarding seguem rigorosos padrões de compliance e governança. Ainda assim, o Banco Genial encontra-se em processo de contratação de uma renomada empresa de consultoria independente para validar seus processos atualmente vigentes e, se necessário, implementar eventuais aprimoramentos", continua o comunicado.

Finalmente, a instituição informou que os fatos não tiveram impacto em suas atividades e nas atividades das empresas do seu grupo econômico, que continuam a ser desempenhadas normalmente.

"A Instituição repudia veementemente qualquer insinuação de envolvimento nos fatos reportados pela imprensa e reafirma seu compromisso inabalável com a transparência e o cumprimento de seus deveres legais e regulatórios. O Banco Genial manifesta sua plena disposição para cooperar com as autoridades competentes e contribuir com todos os esclarecimentos que se façam necessários", finaliza o documento.

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