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As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço

Em um fundo de gráfico, Donald Trump está do lado esquerdo, vestido terno azul e camisa branca. Do lado direto, Lula está com o dedo na boca. Ele veste terno azul e camisa branca também.

Donald Trump e Lula

O tão esperado plano de contingência do governo brasileiro para ajudar os setores afetados pelas tarifas de Donald Trump enfim saiu do papel — e não agradou o mercado.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória (MP) que institui o chamado Programa Brasil Soberano. O texto agora seguirá para votação na Câmara dos Deputados e no Senado.

Segundo Lula, o objetivo do novo pacote é proteger as empresas, exportações, a economia, os empregos e as famílias brasileiras dos efeitos da tarifação unilateral dos Estados Unidos.

“Eu posso dizer para vocês que essas tarifas não têm um fundo comercial. Existe uma necessidade muito grande de destruir o multilateralismo, que é o que permitiu que o mundo tivesse um comércio mais equilibrado. Nós estamos em um debate que não é econômico. É um debate político com teor ideológico. A razão pela qual o presidente norte-americano anuncia punir o Brasil é por causa do ex-presidente”, disse Lula, em entrevista coletiva com jornalistas.

Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia revelado uma parte do pacote de ajuda às empresas afetadas pelas tarifas de Trump.

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“Estamos numa situação muito inusitada. O Brasil é um país que está sendo sancionado por ser mais democrático que o seu agressor. É uma situação inédita e muito incomum no mundo. Um país que não persegue adversários, não persegue a imprensa, não persegue escritórios de advocacia, não persegue universidades, não persegue imigrantes legais ou ilegais está sujeito a uma retaliação injustificável do ponto de vista político e econômico", disse Haddad. 

O plano prevê uma linha de crédito no valor de R$ 30 bilhões, além de R$ 4,5 bilhões de aporte em fundos garantidores e R$ 5 bilhões de limite para o Reintegra.

Entre as medidas, estão a criação de linha de financiamento com recursos do superávit financeiro do Fundo de Garantia à Exportação e mudanças nas regras do seguro de crédito à exportação. 

Confira as principais medidas do plano de contingência anunciado por Lula:

O plano Brasil Soberano também cria a Câmara Nacional de Acompanhamento do Emprego, com o objetivo de monitorar o nível de emprego nas empresas e nas cadeias produtivas, além de fiscalizar obrigações, benefícios e acordos trabalhistas.

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Na avaliação de Lula, as medidas são vistas como uma defesa da soberania nacional e da democracia contra novos ataques e ameaças, em resposta a uma situação de "chantagem".

Além das propostas anunciadas no plano de contingência, o petista afirmou que o Brasil continuará buscando novos mercados, com foco em acordos bilaterais e parcerias com outros países, para fortalecer o multilateralismo e o livre comércio. 

O governo brasileiro ainda afirma que o Brasil se mantém "aberto ao diálogo construtivo com os Estados Unidos, buscando soluções negociadas que restabeleçam condições justas e equilibradas para o comércio bilateral".

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