A corrida das stablecoins esquentou na última sexta-feira (12) após a Tether (USDT) anunciar a criação do USAT, um token planejado, regulado nos EUA e lastreado em dólar.
Com sede em El Salvador, a empresa criadora da maior stablecoin do mundo está buscando reforçar sua presença nos EUA, onde as empresas de criptomoedas têm se beneficiado do apoio do presidente norte-americano, Donald Trump.
A nova moeda digital é projetada para residentes dos EUA, de acordo com Paolo Ardoino, presidente-executivo da Tether. O ex-funcionário da Casa Branca, Bo Hines, será o presidente-executivo do novo empreendimento, que deve ser lançado até o final do ano.
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“Queremos que as pessoas saibam que a Tether está aqui para participar da economia dos EUA de uma maneira enorme [...] Acho que nossa expansão será exorbitante ao longo dos próximos 12 a 24 meses”, disse Hines.
Ao contrário do USDT, o USAT terá um emissor nos EUA e será projetado para cumprir a nova legislação federal que regula as stablecoins, disse a empresa.
A Tether já emite o USDT, que é o maior token lastreado em dólar do mundo, com uma capitalização de mercado de quase US$ 170 bilhões.
Detalhes dos negócios da Tether
Em comunicado à imprensa, a Tether afirmou que o USAT foi projetado para cumprir a Lei Genius, recentemente promulgada, que rege as stablecoins.
O USDT ainda planeja entrar em conformidade com a legislação e continuar sendo um emissor estrangeiro de stablecoin, disse Ardoino.
- Stablecoins são um tipo de criptomoeda, atreladas a ativos como o dólar e respaldadas por reservas como títulos do Tesouro. O Genius Act, sancionado por Trump em julho, estabelece um quadro regulatório para as moedas, abrindo caminho para que mais instituições as utilizem.
Ardoino disse que o USAT será emitido pelo Anchorage Digital Bank, que possui uma licença de banco nacional junto ao Gabinete do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês).
*Com informações do Money Times e Estadão Conteúdo