A semana começa com otimismo na bolsa brasileira. As ações ligadas ao minério de ferro e ao aço operam em alta nesta segunda-feira (21), com destaque para a Vale (VALE3), que, por volta das 14h30, avança mais de 3,1%, figurando entre as maiores altas do Ibovespa.
Os papéis seguem em ritmo de recuperação, embalados pela valorização do minério de ferro e por novos estímulos econômicos na China.
Os contratos futuros da commodity dispararam após o anúncio da construção da maior usina hidrelétrica do mundo no país asiático, somados a margens sólidas nas siderúrgicas locais.
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Na Bolsa de Dalian, o contrato para setembro subiu 2,08%, encerrando a sessão cotado a 809 yuans (US$ 112,74) por tonelada — o maior patamar desde 26 de fevereiro. No pico intradiário, a cotação chegou a tocar 819 yuans.
Já em Singapura, o contrato de referência para agosto avançava 2,81%, a US$ 103,60 por tonelada, renovando a máxima desde 27 de fevereiro após bater US$ 104,80 no intradia.
Entre os demais papéis do setor, CSN Mineração (CMIN3) lidera os ganhos, com alta de 5,56%, seguida por Gerdau (GGBR4), que avança4,03%, e Usiminas (USIM5), com valorização de 3,32%.
Metalúrgica Gerdau (GOAU4) também segue em alta de 3,22%, enquanto CSN (CSNA3) registrou a menor valorização do grupo, com avanço de 2,30%.
Além do minério de ferro nesta semana, o relatório de vendas e produção da Vale do segundo semestre de 2025 (2T25) deve influenciar a leitura do mercado sobre os papéis. Confira o calendário completo e atualizado da temporada de balanços 2T25 aqui.
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Megaprojeto chinês impulsiona a Vale
O movimento de alta da Vale e de outras ações do setor ganhou força após o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, anunciar o início das obras da que será a maior hidrelétrica do planeta — com porte de três a quatro vezes superior à atual líder, a Usina de Três Gargantas.
As expectativas de um aumento na demanda impulsionaram o minério de ferro e aço para as máximas dos últimos quatro meses.
No sábado (19), Li deu a largada para a construção do megaprojeto hidrelétrico de 1,2 trilhão de yuans (US$ 167 bilhões) no rio Yarlung Tsangpo, no Tibete.
A iniciativa prevê cinco barragens em cascata e promete injetar um novo impulso econômico em setores ligados a materiais básicos, como metais, cimento e vidro.
Ao mesmo tempo, outro ingrediente no caldeirão de otimismo foi a decisão do governo chinês de manter as taxas de empréstimo inalteradas, em linha com o esperado, e sinais de novos estímulos à economia do país estão no radar.
O Banco Popular da China manteve as taxas de juros em 3% para empréstimos de um ano e em 3,5% para financiamentos de cinco anos — ambos os níveis permanecem nas mínimas históricas.
*Com informações do Money Times e Bloomberg