As ações da Prio (PRIO3) estão entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira (16), após a petroleira receber a licença ambiental para a instalação e a interligação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo.
No pregão de hoje, o papel PRIO3 encerrou com alta de 1,32% cotado a R$ 38,47. Já o Ibovespa avançou 0,36%, aos 144.061,64 pontos.
A autorização, concedida na última segunda-feira (15), permite a conexão entre os poços localizados na Bacia de Campos a unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) de Frade. Em julho, o Ibama já havia aprovado a operação provisória da Prio no poço de Wahoo.
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Segundo o Itaú BBA, a obtenção da licença é positiva e representa um marco aguardado para a companhia. O aval aumenta a visibilidade sobre o crescimento futuro da produção, projetada em 40 mil barris por dia (kbpd) nos novos poços.
“A licença é um dos dois principais catalisadores de curto prazo para a ação, juntamente com a retomada da produção em Peregrino”, afirmam os analistas.
O Itaú BBA reitera a recomendação outperform, equivalente a compra, com preço-alvo de R$ 62 para dezembro.
Produção deve ser iniciada em 2026
A Prio afirma que a produção nos poços de Wahoo deve ser iniciada entre março e abril de 2026. A estimativa é que o custo total do desenvolvimento seja de US$ 870 milhões.
As atividades para construção serão iniciadas de forma imediata, de acordo com a petroleira.
Com a licença final, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços — sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes — ao FPSO.
No segundo trimestre deste ano, a Prio produziu cerca de 100 mil barris por dia. A companhia prevê atingir uma produção de mais de 200 mil barris por dia no ano que vem, considerando a entrada em operação do campo de Wahoo e a compra do campo de Peregrino.
Para viabilizar o projeto, a Prio anunciou, em março, a aprovação de um aumento de capital no valor de R$ 2,8 bilhões, destinado ao financiamento de projetos estratégicos.