Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real

400, 500, 600, 700 pontos. As perdas do Dow Jones nesta sexta-feira (28) chegaram a impressionantes 715,70 pontos. Mas engana-se quem acha que o dado de inflação preferido do Federal Reserve (Fed) é que derrubou Wall Street e as bolsas mundo afora — essa foi só a cereja de um bolo indigesto para os investidores que ainda esperam pela chuva de tarifas de Donald Trump na semana que vem.
Os principais índices da bolsa de Nova York foram sendo negociados em forte queda a esteira do dado de confiança do consumidor norte-americano para março ter ficado um pouco aquém das expectativas em um momento no qual as expectativas de inflação atingiram máximas em várias décadas.
O índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan caiu de 64,7 em fevereiro para 57,0 em março, abaixo da leitura preliminar de 57,9 e das projeções da FacSet dos mesmos 57,9. Esse foi o terceiro mês consecutivo de queda do índice.
- VEJA MAIS: O que Trump planeja para o próximo dia 2 de abril? Veja como acompanhar em primeira mão
A pesquisa mostrou ainda que as expectativas de inflação nos EUA em 12 meses subiram de 4,3% em fevereiro para 5,0% em março — o maior patamar desde novembro de 2022. Para o horizonte de cinco anos, a expectativa de inflação também avançou entre um mês e outro, de 3,5% para 4,1%.
A cereja do bolo indigesto de dados desta sexta-feira foi o índice de preços para gastos pessoais (PCE, a medida preferida do Fed par a inflação), que veio mais quente do que o esperado: subiu 2,8% em fevereiro e 0,4% no mês.
Economistas ouvidos pela Dow Jones estavam esperando números respectivos de 2,7% e 0,3%. Os gastos do consumidor aceleraram 0,4% no mês, abaixo da previsão de 0,5%, de acordo com novos dados do Bureau of Economic Analysis.
Leia Também
“Embora o crescimento da renda e do emprego tenham permanecido resilientes até agora, indicadores fracos, como a confiança do consumidor, estão apontando para consumidores cada vez mais nervosos, ansiosos com a inflação e a incerteza econômica”, diz Ksenia Bushmeneva, economista da TD Economics.
Segundo ela, os consumidores têm motivos para se preocupar com os preços, já que as tarifas sobre veículos importados anunciadas nesta semana podem aumentar os valores já elevados dos carros nos EUA em mais US$ 5.000 em média.
“Os gastos em bares e restaurantes estagnaram nos últimos três meses, enquanto a taxa de poupança continuou a subir em fevereiro, sugerindo que os consumidores podem já estar cortando gastos discricionários para conservar dinheiro. Essa abordagem cautelosa pode ser justificada, pois nossa última previsão antecipa desemprego e inflação mais altos nos próximos meses”, afirma Bushmeneva.
2 de abril: o dia da chuva de tarifas de Trump
O dia 2 de abril está sendo chamado por Trump de Dia da Libertação. E não é à toa.
Nesta data, além das tarifas recíprocas, o governo norte-americano vai colocar em marcha a já anunciada taxação de 25% do setor automotivo, além de tarifas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores, entre outros itens.
Até o momento, no entanto, a Casa Branca não divulgou a lista oficial das tarifas que passarão a valer no dia 2 de abril.
- E MAIS: Especialistas revelam os ativos mais promissores do mercado para investir ainda hoje; confira
Cálculos do BTG Pactual mostram que, consideradas apenas as taxas de 25% sobre o setor automotivo, a cada 1 ponto percentual (pp) de aumento na tarifa média efetiva, há uma elevação de 0,09 pp no núcleo do PCE — o que implicaria em uma alta de 0,2 pp no núcleo do índice.
Os dados de hoje mostraram que o núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro e 2,8% em base anual, quase um ponto acima da meta de 2% do Fed para a inflação.
“A inflação elevada e o consumo mais fraco em fevereiro nos EUA aumentam a pressão para que o Fed deixe os juros inalterados este ano”, diz a Capital Economics.
Atualmente, os juros por lá estão na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. Você pode connferir os detalhes da última decisão do banco central norte-americano aqui.
Embora os efeitos de base possam suavizar levemente a inflação nos próximos meses, a projeção da consultoria britânica é de que o índice ultrapasse 3% até o fim do ano, impulsionado por novas tarifas de importação.
"A inflação está quente demais, e o consumo, frio demais para justificar cortes [de juros] em 2024", diz a consultoria.
O DIA D de TRUMP: vem aí um GRANDE ANÚNCIO do PRESIDENTE dos EUA
Dólar, bolsa e Trump
Antecipando o que está por vir na semana que vem, com as tarifas de Trump, as bolsas reagiram aos dados desta sexta-feira.
Em Nova York, o Dow Jones caiu 1,69, aos 41.583,90 pontos. O índice foi acompanhado de perto pelo S&P 500, que recuou 1,97%, aos 5.580,94 pontos, e pelo Nasdaq, que foi o que mais caiu: -2,70%, aos 17.322,99 pontos.
As bolsas europeias aprofundaram as perdas nesta sexta-feira, encerrando o pregão em queda, pressionadas por indicadores econômicos regionais e pela incerteza em torno das novas tarifas de Trump.
Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,08%; o DAX, de Frankfurt, caiu 0,98%, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,93%. Em Madri, o Ibex 35 teve baixa de 0,84%, enquanto o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,92%.
Por aqui, o Ibovespa caiu 0,94%, aos 131.902,18 pontos. No caso brasileiro, a perspectiva de dados fortes do Caged também contribuiu para o mau humor, já que sugerem mais espaço para aperto monetário pelo Banco Central.
Na semana, o principal índice da bolsa brasileira terminou com perda de 0,33% — o primeiro agregado negativo semanal desde fevereiro.
No mercado de câmbio, o dólar se manteve em alta moderada em relação ao real — de 0,15%, a R$ 5,7618 —, fechando a semana com valorização 0,77%.
Ouro renova (de novo) as máximas históricas na véspera da decisão do Fed sobre juros dos EUA
A queda dos juros dos Treasurys e do dólar no exterior, assim como o clima de cautela em mercados acionários, contribuem para os ganhos do ouro hoje
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário