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Ibovespa sobe e atinge os 146 mil pontos após Fed cortar juros nos EUA; dólar cai abaixo de R$ 5,30

Foguete voando na frente da bolsa; Ibovespa em alta

Montagem com foguete decolando na frente da sede da B3.

O Ibovespa vem batendo um recorde atrás do outro nas últimas semanas. E quem apostou que as turbulências geopolíticas roubariam o fôlego do principal índice da B3 errou feio: a bolsa brasileira voltou a renovar máximas nesta quarta-feira (17), em meio a mais uma Super Quarta — como o mercado local costuma chamar a data na qual as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos coincidem.

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O Ibovespa alcançou pela primeira vez a marca dos 146 mil pontos. Por volta das 15h40, o índice operava em alta de 1,43%, aos 146.117,43 pontos. Enquanto nada parece parar a bolsa brasileira, o dólar opera em queda de 0,10%, aos R$ 5,291.

O bom humor dos investidores vem na esteira do anúncio do Federal Reserve (Fed), que finalmente iniciou um corte nos juros dos EUA, o que tende a abrir espaço para cortes na Selic

O banco central norte-americano cortou as taxas em 0,25 ponto percentual. Assim, os juros passam da faixa dos 4,25% e 4,50% ao ano para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano.

Já no cenário doméstico, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic em 15% ao ano — o maior patamar em quase duas décadas. No entanto, o início do afrouxamento monetário nos EUA abre espaço para que os juros caiam também por aqui, a partir do fim deste ano ou início do ano que vem.

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Como a expectativa de corte de juros nos EUA mexe com Ibovespa e dólar

No caso do dólar, não dá para esquecer que os juros nos EUA funcionam como uma espécie de aspirador de dinheiro no mundo, uma vez que balizam o rendimento dos Treasurys, os títulos da dívida do Tesouro norte-americano

Esses papéis são considerados os investimentos mais seguros do mundo, por isso seus juros servem como uma espécie de “piso” para os demais ativos globais.

A expectativa de taxas mais altas nos EUA atrai investidores estrangeiros, elevando a demanda por dólar. O efeito contrário acontece quando há expectativa de cortes pelo Fed: o diferencial de retorno entre os juros dos Treasurys e os dos títulos de dívida de outros países diminui e, com isso, a atratividade do dólar perde força. 

Nesse cenário, moedas de países emergentes que ainda oferecem juros altos, como o real brasileiro, se tornam mais interessantes.

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No caso das bolsas, juros mais baixos motivam os investidores a saírem dos ativos mais seguros, como os Treasurys, em busca dos ativos de risco, o que inclui as ações dos países emergentes, como o Brasil.

Os destaques do Ibovespa

Na ponta positiva do principal índice da B3, o destaque fica por conta do Magazine Luiza (MGLU3), que sobe 8,10%, a R$ 11,62. A varejista vem apresentando um forte desempenho neste ano e já acumula alta de mais de 78%.

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) conquistam o posto de segunda maior alta do dia, com ganhos de 2,41%, a R$ 4,25. Confira os destaques da ponta positiva do Ibovespa por volta das 11h30:

NomeTICKERCotaçãoPreço (R$)
Magazine Luiza ONMGLU38,10%R$ 11,62
Pão de Açúcar ONPCAR32,41%R$ 4,25
Raia Drogasil ONRADL33,14%R$ 18,04
Localiza ONRENT33,30%R$ 40,39
Cosan ONCSAN31,68%R$ 7,86

Já na ponta negativa, o destaque fica por conta de dois frigoríficos: a Marfrig (MRFG3), que opera em queda de 2,03%, a R$ 26,96, e a Minerva (BEEF3), que registra perdas de 1,68%, a negociada a R$ 6,44.

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Já o terceiro pior desempenho do dia é da Embraer (EMBR3), que cai 1,40%, a R$ 74,79. A fabricante aérea apanha na bolsa em meio ao anúncio de greve de duração indeterminada pelos funcionários nesta manhã. Confira os destaques da ponta negativa do Ibovespa por volta das 11h30:

NomeTICKERPreço (R$)Variação %
Marfrig ONMRFG326,96-2,03%
Minerva ONBEEF36,44-1,68%
Embraer ONEMBR374,81-1,37%
Motiva ONMOTV314,6-0,95%

Bolsas à espera do Fed: os índices ao redor do globo

Enquanto o Ibovespa renova máximas, as bolsas de Nova York andam de lado nesta manhã. Isso porque, embora as expectativas sejam de que o Fed corte os juros nos EUA, os investidores aguardam com apreensão o pronunciamento do presidente da autarquia, Jerome Powell

O dirigente deve indicar os próximos passos do banco central norte-americano, que vem sofrendo pressões de Donald Trump para reduzir os níveis dos juros no país. Confira como operam os principais índices de Wall Street por volta das 11h30:

Na Europa, o clima não é muito diferente. As principais bolsas na região operam sem uma direção única. Confira:

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