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Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452

Imagem de Donald Trump com gráfico vermelho indicando queda ao fundo.

Donald Trump e o mercado de ações em queda.

A disputa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso já vinha causando inquietações nos investidores locais devido às incertezas fiscais no Brasil. Agora, quem adiciona pressão aos ativos de risco no país é Donald Trump.

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Após o anúncio de uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros, era esperado uma forte aversão ao risco nos mercados. Vale lembrar que, até o momento, o país estava sujeito apenas à tarifa geral de 10%, sem sobretaxas adicionais.

Porém, a bolsa brasileira escapou da sangria, apesar de fechar em queda em resposta à política tarifária do presidente norte-americano.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,54%, aos 136.743,26 pontos. Mais cedo, o principal índice da bolsa brasileira correu o risco de perder a marca dos 136 mil pontos. 

O dólar à vista ganhou força ante o real, subindo 0,78%, negociado a R$ 5,5452.

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O petróleo também operou no vermelho. O petróleo tipo Brent registrou queda de 2,21%, a US$ 68,64 por barril, enquanto o WTI recuou 2,65%, a US$ 66,57 por barril.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, afirma que os danos imediatos ao comércio nacional com as tarifas devem ser limitados, uma que vez as exportações para os EUA respondem por menos de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Segundo ele, o ponto de atenção, é a moeda norte-americana. Isso porque a alta do dólar pode voltar a pressionar a inflação no país, impactando nos preços dos alimentos no Brasil — que vem sendo o calcanhar de Aquiles do governo Lula. Confira a avaliação completa do Matheus Spiess aqui.

As maiores perdas do Ibovespa nesta manhã

Entre os papéis mais penalizados com as novas tarifas de Trump, a Embraer (EMBR3) foi destaque. As ações da companhia chegaram a cair mais de 7% e entrar em leilão na B3, mas acabaram encerrando o dia com perda menor, de 3,70%, cotada a R$ 75,32.

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A reação dos investidores seu deu pela avaliação de que fabricante de aeronaves seria a companhia mais afetada pelas tarifas de Trump, já que possui 60% de seu faturamento nos Estados Unidos.

Dessa forma, a Embraer pode ser impactada caso tenha que arcar integralmente com a sobretaxa de 50% sem conseguir repassar o aumento ao consumidor final.

Porém, a fabricante de aeronaves não foi a única que viu os papéis em queda livre. O Itaú Unibanco (ITUB4) ocupou a segunda posição entre as maiores quedas do Ibovespa, com uma desvalorização de 3,08%, a R$ 35,25.

O Seu Dinheiro detalhou quais segmentos da economia brasileira sentirão as consequências das tarifas aqui.

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As ações do Ibovespa que não apanharam

Houve quem tenha escapado de uma penalização dos mercados — e uma delas é uma gigante da bolsa brasileira: a Vale (VALE3). 

A mineradora operava em forte alta nesta manhã e encerrou o dia com ganhos de 2,18%, a R$ 55,22. O bom desempenho dos papéis veio na esteira da alta do minério de ferro, que encerrou o pregão desta quinta-feira (10) na bolsa de Dalian com uma alta de 3,67%, a US$ 106,33.

Além da Vale, a Marfrig (MRFG3) subiu 6,29%, cotada a R$ 23,98, ocupando o primeiro lugar entre as maiores altas do Ibovespa, seguida pela CSN (CSNA3), com valorização de 4,79%, cotada a R$ 8,31.

Além da Vale: o impacto das tarifas em outra gigante

Após o anúncio das novas tarifas de 50% dos EUA ao Brasil, a Petrobras (PETR4) afirmou que está avaliando o impacto da medida e que mantém a estratégia de buscar sempre “a melhor alternativa para a empresa em qualquer cenário”.

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“O posicionamento comercial e a atuação global da Petrobras permitem monitorar permanentemente os movimentos do mercado internacional e observar as opções mais econômicas”, afirmou a estatal em nota.

As ações da Petrobras PETR4 recuaram 0,09%, a R$ 332,29, e PETR3 subiu 0,51%, a R$ 35,45.

As reações dos mercados internacionais

Não foi só no Brasil que os investidores avaliam os impactos das tarifas de Trump. O mercado internacional também reage ao anúncio do adiamento do fim da trégua comercial para 1º de agosto e ao anúncio de tarifas de 20% a 30% para mais países.

Porém, se o que foi visto no "Dia da Libertação" — quando o presidente norte-americano anunciou as tarifas pela primeira vez — foi um caos nas bolsas ao redor do globo, agora os investidores reagem com cautela.

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Os principais índices de Nova York subiram, com exceção da Nasdaq, que operou próximo da estabilidade. Já na Europa, as bolsas de valores seguiram sem direção única. Confira:

Veja o fechamento das bolsas na Europa:

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