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Fundo imobiliário Tordesilhas EI (TORD11) volta a despencar mais de 10% após realizar grupamento de cotas; FII tem sido criticado por cotistas

Gráfico e casa representando a queda de ativos imobiliários

O fundo imobiliário Tordesilhas EI (TORD11) começou o ano com boas notícias para os cotistas ao anunciar o fim da seca de proventos. Porém, o mercado vem penalizando o fundo desde que a gestão anunciou que realizaria um grupamento de cotas.

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Nesta quinta-feira (5), o TORD11 comunicou que suas cotas passam a ser negociadas de forma grupada a partir desta manhã. Por volta das 10h30, o FII chegou a cair 10,75%, sendo negociado a R$ 3,32.

A operação não é exatamente uma novidade. O fundo já havia anunciado a realização do grupamento em abril.

Grupamentos de ações e cotas modificam o valor unitário do ativo, mas não alteram o patrimônio dos investidores nem modificam os fundamentos do investimento. Porém, tendem a reduzir a liquidez do ativo na bolsa, o que é lido como negativo por muitos investidores.

Bernardo Noel, analista de fundos imobiliários da Genial Investimentos, explica ainda que há uma avaliação entre os cotistas de que, quando um FII realiza grupamento, o ativo tende a cair ainda mais. "Assim, os investidores acabam liquidando a posição no fundo", afirma.

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O grupamento no detalhe

Segundo os documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na época e nesta manhã, a transação foi realizada na proporção seis por um. Assim, a partir de hoje, cada seis cotas do TORD11 foram agrupadas em apenas uma.

Além disso, o fundo informou que os cotistas tiveram até ontem (4) para ajustar as posições das cotas nas carteiras. 

Assim, as frações de cotas que não foram ajustadas serão reunidas e levadas a leilão na B3, que ainda terá a data divulgada.

Vale lembrar que, com o grupamento de cotas, o valor unitário será equivalente à proporção estabelecida, ou seja, multiplicado por seis.

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TORD11 na mira da B3

O grupamento de cotas entrou no radar do fundo imobiliário após a B3 chamar a atenção do TORD11 por negociar abaixo de R$ 1,00. Na época, a bolsa brasileira exigiu que o fundo tomasse medidas para a correção do valor.

Os ativos negociados em bolsa não podem ser negociados na casa dos centavos pois, neste patamar de preço, a volatilidade fica muito alta. Quando isso acontece, a B3 exige que o emissor do ativo faça um grupamento.

O FII vem sendo penalizado pelos investidores desde outubro de 2024, quando passou a receber uma série de críticas e denúncias feitas pelos cotistas à CVM.

A insatisfação com o fundo veio após a venda de resorts por valores muito abaixo do investido, gerando um prejuízo milionário e levantando questionamentos sobre falta de transparência do FII.

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Ainda em outubro, o TORD11 chegou a explicar os motivos de a operação ter sido realizada por montantes tão inferiores. O Seu Dinheiro contou essa história aqui.

Porém, não foi o suficiente para animar os cotistas. Em 2025, o fundo acumula queda de 35,80%.

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