O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) vem apostando na diversificação do portfólio de inquilinos, reduzindo a exposição a bancos. Nesta sexta-feira (10), o FII avançou na nova estratégia ao anunciar a substituição do Banco Santander por uma outra locatária, a Confialtiva Consultores, em parte de seu imóvel localizado em Curitiba (PR).
Segundo fato relevante, o contrato com a instituição financeira foi encerrado de forma antecipada, mas ela seguirá pagando os aluguéis até dezembro de 2025.
Além disso, o banco também terá que pagar indenizações adicionais, o que deve evitar impactos negativos no curto prazo.
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Já a nova inquilina, uma empresa curitibana especializada em consultoria tributária, ocupará três dos seis pavimentos do edifício deixados pelo Santander, cerca de 1,3 mil metros quadrados.
O contrato do RBVA11 com a Confialtiva terá duração de cinco anos, com vencimento em outubro de 2030.
Os outros 870 metros quadrados que o banco ocupava seguem vagos. Porém, o RBVA11 informou que está atuando, junto a uma imobiliária local, na locação desses espaços, priorizando operações de varejo, conforme estratégia da gestora Rio Bravo Investimentos.
Além disso, o FII busca novos locadores principalmente no térreo do imóvel, buscando operações que possam extrair o máximo de valor deste pavimento, segundo a gestora.
“O trabalho da gestão garantiu uma rápida absorção de locação de 60% do imóvel antes mesmo de uma vacância total”, destacou a Rio Bravo em relatório.
Após o anúncio, o FII amanheceu em alta. Por volta das 11h30, o RBVA11 subia 0,75%, as R$ 9,41.
RBVA11 na nova estratégia
O RBVA11, que nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, está com foco total na sua nova meta, que consiste em deixar de ter bancos como principal inquilino.
Em maio deste ano, o FII já havia atingido o objetivo, quando a Caixa Econômica Federal — até então, o maior locatário do fundo — passou a compor apenas 24,5% pela primeira vez.
Porém, o RBVA11 está indo além e segue ampliando a diversificação do portfólio de locatários.
Com o novo contrato firmado com a Confialtiva, o fundo marca a entrada de mais um segmento na carteira de inquilinos, que agora conta com 12 setores de atuação.
Além disso, a exposição do portfólio ao setor financeiro foi reduzida de 25,8% para 25,1%, número significativo para uma carteira que, há cinco anos, tinha toda a receita atrelada a imóveis bancários.