Falta menos de um ano para a Copa do Mundo masculina de futebol de 2026, e não são só os atletas que podem golear: investidores também conseguem sair do campeonato com vitórias. Quem diz isso são os analistas da corretora XP Investimentos. Em um relatório, eles revelam quais são os melhores papéis para colocar na carteira antes de os jogadores entrarem em campo.
O campeonato está marcado para 11 de junho do ano que vem, e a fase de grupos ocorrerá nos EUA, no Canadá e no México, enquanto a fase de mata-mata ficará limitada aos EUA.
Essa vai ser a maior edição do evento: pela primeira vez na história, 48 equipes vão disputar o troféu. A seleção brasileira é uma delas.
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Quando as finanças entram nesse jogo?
Além de mexer com o coração dos torcedores, a Copa pode estimular ganhos nas carteiras de ações, pois envolve empresas e impacta a economia por meio da geração de empregos e aumento da demanda de serviços e produtos.
Segundo o relatório da XP Investimentos, produzido junto à FIFA e à OMC, o evento vai impulsionar o consumo nos EUA durante o verão no hemisfério norte por meio da chegada de turistas e atenção global.
“Setores como hotelaria, alimentação, transporte e entretenimento devem experimentar um aumento significativo na demanda. Esse cenário favorável cria oportunidades de investimento em ações de empresas que estão diretamente expostas a esses setores”, afirmam os analistas.
A compra de produtos temáticos, como camisetas de times, também pode crescer, gerando lucro para empresas desses segmentos durante o campeonato.
Quais são as apostas econômicas dos especialistas?
A XP estima que os gastos ligados à Copa terão um impacto de US$ 17,2 bilhões no PIB americano e US$ 40,9 bilhões no PIB Global.
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O evento é capaz de gerar, também, 185 mil empregos em tempo integral nos EUA e 824 mil globalmente. A partir de tributos diretos e indiretos, o governo deve arrecadar US$ 3,4 bilhões.
Na visão da XP, o setor que deve gerar mais empregos e cooperar com o PIB é o de acomodações e refeições, com mais de 2 mil novos postos de trabalho.
Transporte aéreo é o segmento com a segunda maior probabilidade de geração de oportunidades de emprego.
Juntos, o setor de bens imobiliários (Real Estate) e o segmento de varejo e atacado terão impacto de US$ 3,4 bilhões no PIB dos EUA. Nas empresas varejistas, 1,3 mil empregos novos serão gerados.
Já informação e comunicações vai causar um impacto de US$ 653 milhões.
Craques selecionados pela XP
A XP Investimentos elencou as companhias mais expostas à Copa do Mundo da FIFA de 2026 para quem quer uma carteira de investimentos futebolística.
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Os papéis internacionais foram separados por tipos de associação ao evento e setores. Veja:
Patrocinadoras oficiais e marcas envolvidas no evento:
- Coca-Cola (KO): a empresa de bebidas é uma antiga parceira global da FIFA e patrocinadora oficial de bebidas não alcoólicas. A corretora estima que as vendas vão aumentar nos EUA durante os jogos.
- Visa (V): “Como global partner da FIFA, a Visa terá exclusividade em pagamentos nos estádios e eventos oficiais, ganhando grande visibilidade de marca”, afirmam os analistas. A empresa também se beneficiará do aumento de transações financeiras, especialmente com cartões internacionais.
- Nike (NKE): é patrocinadora de seleções e atletas. Em solo norte-americano, a companhia deve intensificar campanhas temáticas e obter receita por meio das vendas de camisas, chuteiras e itens esportivos.
- Adidas (ADDYY): é parceira oficial da FIFA e fornecedor da bola oficial do Mundial. Também fornece uniformes para várias seleções. Logo, deve ver um crescimento de vendas também.
- McDonald’s (MCD): é uma das patrocinadoras oficiais e deve se beneficiar do aumento de fluxo de consumidores nas lojas durante o evento.
- Bank of America (BAC): é o novo patrocinador da Copa e segundo maior banco dos EUA. Com a parceria com a FIFA, a instituição busca maior exposição de marca.
Empresa | Ticker | Preço de ação ou ADR em US$ (por volta das 15h) |
Coca-cola | KO | 65,99 |
Visa | V | 345,69 |
Nike | NKE | 74,54 |
Adidas | ADDYY | 109,28 |
McDonald’s | MCD | 301,93 |
Bank of America | BAC | 50,51 |
Hospedagem e turismo:
- Airbnb (ABNB): “a expectativa é que mais de 380 mil hóspedes usem o Airbnb durante a Copa, gerando um impacto econômico estimado em US$ 3,6 bilhões nas cidades-sede”, segundo a XP.
- Booking Holding (BKNG): a controladora de sites como Booking.com, Priceline e Agoda também deve aproveitar o aumento na demanda por reserva de hotéis e pacotes de viagem nos EUA.
Empresa | Ticker | Preço de ação ou ADR em US$ (por volta das 15h) |
Airbnb | ABNB | 120,63 |
Booking Holding | BKNG | 5.364,49 |
Transporte:
- American Airlines (AAL): é fornecedora oficial de transporte aéreo doméstico e regional na Copa do Mundo de 2026. “A empresa deve se beneficiar com o fluxo de seleções, delegações e fãs viajando entre as várias sedes nos EUA”, avalia a XP.
- Delta Airlines (DAL): por ser uma das maiores cias aéreas dos EUA, deve ter também um crescimento no número de passageiros internacionais e domésticos. Estimativas apontam ainda um total de 5,5 milhões de fãs viajando entre as sedes.
- Uber (UBER): torcedores sem carro próprio e turistas devem optar por motoristas de aplicativos para chegarem aos estádios, aeroportos e hotéis. Nesse sentido, a Lyft (LYFT), concorrente norte-americana do Uber, deve golear também.
Empresa | Ticker | Preço de ação ou ADR em US$ (por volta das 15h) |
American Airlines | AAL | 11,57 |
Delta Airlines | DAL | 57,42 |
Uber | UBER | 95,52 |
Bebidas:
- AB Inbev (BUD): nos EUA em 2026, espera-se um ambiente regulatório bem mais favorável ao consumo de cerveja nos jogos que na última Copa, no Qatar. A dona da marca Budweiser deve capitalizar com campanhas de vendas.
- Diageo (DEO): é a primeira vez que a FIFA tem um patrocinador focado em destilados, e a companhia irá realizar uma série de ativações de marcas durante o torneio.
Empresa | Ticker | Preço de ação ou ADR em US$ (por volta das 15h) |
AB Inbev | BUD | 60,09 |
Diageo | DEO | 96,33 |
Mídia e telecomunicações:
- Fox Corporation (FOXA): dona dos direitos de transmissão em língua inglesa da Copa 2026 nos EUA, a empresa espera audiência recorde para a competição. Isso pode gerar um aumento no faturamento publicitário.
- Comcast (CMCSA): via NBCUniversal, a companhia controlará a transmissão em língua espanhola nos EUA pela Telemundo (TV aberta) e pelo Peacock (streaming). De acordo com a XP, “para 2026, esperam-se números de audiência expressivos, já que os jogos ocorrerão em horário acessível e a comunidade latina nos EUA deve acompanhar em peso”.
- Best Buy (BBY): é a maior varejista especialista em eletrônicos nos EUA, e é quase tradição, em alguns países, comprar uma nova televisão antes da Copa do Mundo para melhorar a experiência de telespectador. As promoções e vendas de projetores, soundbars, antenas de TV e aparelhos de streaming serão uma assistência para o aumento no faturamento.
- Sony Group (SONY): a marca também produz televisores de alta definição, sistemas de áudio e câmeras. Esses itens podem ter aumento de demanda na Copa.
Empresa | Ticker | Preço de ação ou ADR em US$ (por volta das 15h) |
Fox Corporation | FOXA | 61,88 |
Comcast | CMCSA | 30,64 |
Best Buy | BBY | 77,13 |
Sony Group | SONY | 28,08 |