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Apenas duas carteiras recomendadas de ações bateram o Ibovespa em 2024 — e nem assim renderam ganhos aos investidores

Ilustração com a sombra de um urso projetada sobre um fundo vermelho e um gráfico de linha. Simboliza o bear market e a cautela na bolsa e nos mercados financeiros | Ibovespa

Em um ano tão difícil para o Ibovespa como 2024, os analistas das principais instituições financeiras do Brasil tiveram que fazer um trabalho hercúleo para entregar rendimentos aos investidores. 

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O principal índice da bolsa fechou o último pregão do ano de volta aos 120.283, com baixa acumulada de 10,36% no ano, tornando-se um dos piores investimentos de 2024.

Diante desse cenário, as melhores carteiras recomendadas do ano não foram exatamente as que mais entregaram lucros – e sim as que perderam menos

O Grana Capital mapeou os portfólios de ações de oito bancos e corretoras, sendo eles:  Ágora Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Itaú, Santander, Planner e XP Investimentos.   

A carteira recomendada em primeiro lugar foi novamente a do Itaú, que já tinha levado o “prêmio” em 2022. 

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A seleção de papéis do banco brasileiro teve desempenho negativo de -3,49% em 2024. Ainda assim, levou a melhor pois foi a que menos perdeu entre as carteiras recomendadas analisadas.

Em segundo lugar, a carteira da Planner foi o único outro portfólio que conseguiu bater o Ibovespa em 2024, com perda acumulada de 6,84%.

A Grana Capital estimou quanto teria rendido um aporte de R$ 100 mil em cada uma das 8 carteiras mapeadas no levantamento. Veja só:

InstituiçãoValor em R$Em %
ItaúR$ 96.505,10-3,49%
PlannerR$ 93.152,70-6,84%
IbovespaR$ 89.640,00-10,36%
BBR$ 86.826,31-13,17%
BTGR$ 83.653,49-16,34%
ÁgoraR$ 84.405,35-15,59%
SantanderR$ 78.124,52-21,87%
XPR$ 77.672,72-22,32%
GenialR$ 75.150,35-24,85%
Fonte: Grana Capital.

Importante notar que os resultados das empresas brasileiras não foram ruins ao longo do ano e que o PIB de 2024 deve fechar bem melhor que o esperado — a previsão atual é de uma alta de 3,49%, segundo o último boletim Focus.

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Os preços das ações, assim, refletem não o presente das companhias, mas os temores em relação ao futuro, quando a Selic mais alta realmente frear a economia ou, se o juro não subir o suficiente, a inflação começar a pesar no bolso do brasileiro.

Apenas 15 ações do Ibovespa tiveram desempenho positivo neste ano, sendo que as mais sacrificadas foram justamente aquelas expostas a setores mais sensíveis aos juros elevados, como varejistas, empresas de educação, além de companhias aéreas e empresas de turismo — estas últimas prejudicadas também pelo dólar mais caro.

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