Site icon Seu Dinheiro

Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros

Enquanto a maior parte dos investidores e dos gestores veem empresas endividadas como um problema a se evitar, é justamente nessas ações que a AF Invest aposta. Segundo o head da área de renda variável, Leandro Saliba, essas companhias são a melhor oportunidade do momento. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O gestor acredita que essas empresas negociam a múltiplos muito baixos neste momento e devem melhorar rapidamente com a virada no ciclo dos juros. São ações que estão “no chão” em termos de preço e têm potencial de entregar retornos expressivos nos próximos meses.

Em entrevista ao Money Times, ele citou a construtora gaúcha Melnick (MELK3) como exemplo. 

Segundo as projeções da gestora, a Melnick pode entregar um dividend yield acima de 35% em 2025. A empresa reduziu capital, fez recompra de ações e ainda deve intensificar a distribuição de lucros.

“Mesmo após subir 20 vezes no ano, o múltiplo continua barato”, diz Saliba. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O gestor também vê oportunidades em nomes como Allos (ALOS3), que opera shoppings, e Log Commercial Properties (LOGG3), do grupo MRV. 

Ambas ainda enfrentam desafios no curto prazo — como dívida cara ou entraves fiscais —, mas carregam ativos subavaliados e podem destravar valor nos próximos trimestres, inclusive via dividendos.

Risco que vale o retorno? 

Embora o Ibovespa acumule uma valorização próxima a 12% no ano, Saliba vê parte relevante do mercado local — especialmente ações de empresas alavancadas — como opções de compra.

Hoje, mais da metade da carteira (55%) da casa está alocada em companhias com alto grau de endividamento, que ainda não distribuem proventos expressivos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entretanto, devem se beneficiar diretamente da queda dos juros, com aumento do lucro e entrega de valorização — seja via ganho de capital ou de dividendos. 

Entre os papéis preferidos estão Simpar (SIMH3) e Movida (MOVI3)

No caso da Simpar, por exemplo, o lucro anual pode saltar de R$ 200 milhões para até R$ 700 milhões, segundo o gestor, se a Selic recuar dos atuais 15% para algo próximo a 12%.

Ações muito além do Ibovespa

Na hora de escolher as ações, Saliba não se prende à composição do Ibovespa. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ele, o índice tem peso excessivo em commodities e bancos, setores difíceis de prever em termos de preço e margem. A estratégia da AF Invest foca em geração de caixa, crescimento de lucro e retorno ao acionista — com ou sem visibilidade de curto prazo.

“O foco aqui é em resultado: quanto de lucro e dividendos se compra por real investido”, diz.

Ele compara a atuação da gestora à de uma holding, que participa do capital de empresas listadas com foco em ganhos consistentes no longo prazo.

Saliba acredita que ainda há muito valor a capturar — principalmente se o ciclo de corte de juros realmente começar. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações do Money Times.

Exit mobile version