Elon Musk pode se tornar líder de uma comissão federal no governo dos Estados Unidos, caso o ex-presidente e atual candidato Donald Trump seja eleito novamente.
A afirmação foi dada pelo próprio Trump em discurso no Clube Econômico de Nova York (EUA), na manhã de hoje (5).
Na ocasião, o candidato afirmou que pretende criar uma “comissão de eficiência de governo” caso seja eleito, e tem o nome de seu futuro líder: ninguém mais, ninguém menos que o bilionário Musk.
Trump tem discutido a ideia de criar tal comissão há semanas, fontes informaram à Reuters. Mas o discurso em Nova York hoje foi a primeira vez em que falou publicamente sobre o assunto.
Ideia para a comissão partiu do próprio Elon Musk
Trump não detalhou exatamente como essa comissão funcionará, mas disse que o plano é que sirva para “eliminar fraudes e pagamentos inapropriados” dentro de seus seis primeiros meses de funcionamento.
Além disso, afirmou que a ideia para a comissão veio diretamente do próprio Elon Musk:
“Conforme sugestão de Elon Musk, que me deu seu total apoio… Eu vou criar uma comissão de eficiência de governo, com a tarefa de conduzir uma auditoria financeira e de performance em todo o governo federal, e recomendar drásticas reformas. E Elon [...] concordou em liderar essa força-tarefa."
No X (antigo Twitter) hoje, Elon Musk escreveu: “Espero poder servir a América se a oportunidade surgir. Salários, títulos ou reconhecimentos não são necessários.”
Governo dos EUA já possui órgão que executa a mesma função
Se a proposta for exatamente o que Trump afirmou nesta manhã, o governo já possui um órgão para isso.
Os Estados Unidos possuem uma agência não-partidária encarregada de investigar a performance e gastos federais, chamada Government Accountability Office (“escritório de prestação de contas do governo”, em tradução livre).
A ideia de criar uma nova pasta veio para a repreensão imediata de Everett Kelley, presidente da Federação Americana de Servidores do Governo, espécie de “sindicato” que representa cerca de 750.000 servidores federais.
“Não há nada eficiente nisso”, afirmou Kelley à Reuters.
Durante a campanha, Trump tem frequentemente culpado a candidata democrata e atual vice-presidente, Kamala Harris, pelos níveis de gastos e inflação observados durante o atual governo, junto ao presidente Joe Biden.
Mas, mesmo se posicionando como alguém “melhor” para a economia, a vantagem de Trump sobre Kamala Harris na corrida presidencial está, aos poucos, se deteriorando, conforme últimas pesquisas de intenção de voto.
*Com informações de CNN e Reuters