O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o cancelamento da viagem à Europa nesta semana, informou a assessoria da pasta neste domingo (3). O embarque estava previsto para esta segunda-feira (4).
O comunicado diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro que permaneça em Brasília, dedicado aos temas domésticos — em uma semana de forte estresse dos mercados financeiros.
Isso porque, na última semana, o dólar teve uma valorização de 2,88% e encerrou o pregão da última sexta-feira (1º) no maior nível em quase quatro anos e meio. Já o Ibovespa foi na contramão dos mercados no exterior.
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O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 1,23%, aos 128.120,75 pontos, com recuo acumulado de 1,5% na semana.
O motivo do estresse se deve à demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da dívida pública, em especial em um cenário de alta dos juros no Brasil.
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Além do risco fiscal, eleições pressionam Haddad por aqui
Se o panorama doméstico não é favorável, o exterior também não facilita a vida de Haddad.
A proximidade das eleições presidenciais dos Estados Unidos, à medida que o candidato republicano, Donald Trump, amplia seu favoritismo no mercado de apostas, também fortalece o dólar.
Diante do estresse, o anúncio da viagem de Haddad, na semana passada, causou polêmica porque sinalizou que o pacote de medidas, prometido para depois do segundo turno das eleições municipais, iria demorar para sair do papel.
O ministério da Fazenda não chegou a divulgar o motivo da viagem, o que aumentou as críticas de analistas do mercado financeiro naquele momento.