Pablo Marçal “bateu na trave” nas eleições para a prefeitura em São Paulo, com 28.15% dos votos. A diferença para o segundo colocado, Guilherme Boulos, foi de apenas 56.853 votos. Agora, será que esses eleitores vão migrar o voto para Ricardo Nunes, no segundo turno? Esta é a expectativa do candidato do MDB.
Em entrevista recente à Rádio Bandeirantes, ele disse que tem pontos em comum com o ex-coach por “reunir o centro e a direita”, prezar pela ordem e apoiar a desestatização e as parcerias público-privadas.
Pablo Marçal (PRTB) afirma que Nunes terá apoio, desde que o prefeito e candidato à reeleição cumpra certos “requisitos”. Entre eles, colocar em prática as propostas sobre escolas olímpicas e educação financeira no ensino público feitas pelo ex-coach. Em coletiva após a divulgação dos resultados do primeiro turno, o empresário afirmou que vê semelhança entre eleitores dele e do candidato do MDB.
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Questionado se já conversaram, Marçal disse que enviou uma mensagem parabenizando o adversário. Nunes reforçou que não avalia um encontro com o empresário no momento e que vai esperar “a poeira assentar”.
O que Ricardo Nunes espera para o segundo turno?
Na entrevista desta segunda-feira (7), Ricardo Nunes agradeceu os votos e disse esperar um segundo turno melhor. Ele se comprometeu a não fazer ataques pessoais, apenas discutir pontos de vista.
Tentou se colocar como "diferente" de Guilherme Boulos (PSOL), afirmando que o psolista seria de extrema-esquerda e inexperiente em gestão.
- Vale lembrar que Nunes e Boulos terminaram o primeiro turno com uma diferença de aproximadamente 25 mil votos – número ínfimo no universo de 9,3 milhões de eleitores da capital paulista.
O candidato do MDB também agradeceu o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem diz falar todos os dias, e diz esperar que o ex-presidente Jair Bolsonaro compareça à campanha.
E o apoio de Bolsonaro?
O prefeito afirmou que Bolsonaro esteve muito ocupado pelo país durante o primeiro turno, mas que agora, com mais tempo, espera a presença do ex-presidente, porém ainda não se falaram.
Como mostrado pelo Estadão, o ex-presidente deve reforçar a presença nas campanhas do PL no segundo turno, mas a atuação em São Paulo ainda é incerta.
Aliados do prefeito atribuem o desempenho positivo no primeiro turno ao apoio do governador Tarcísio, em meio a uma relação cheia de idas e vindas com Bolsonaro. Enquanto Nunes recebeu críticas por esconder o ex-presidente na campanha, Bolsonaro foi questionado por não se envolver diretamente no processo.
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*Com informações do Estadão Conteúdo