Eduardo Paes (PSD) confirmou o favoritismo e venceu as eleições municipais no Rio de Janeiro já no primeiro turno, com 61,14% dos votos válidos. Desta forma, ele alcança outro feito: ser prefeito da capital carioca pela quarta vez.
Os últimos levantamentos mostravam Paes muito à frente dos rivais. O candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições no Rio alcançou o patamar de 60% dos votos válidos.
O rival mais próximo do prefeito do Rio, Alexandre Ramagem (PL) — apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no próprio reduto — subiu na reta final e alcançou a casa dos 30%, terminando o primeiro turno com 31,15% dos votos válidos. Mas isso não foi o suficiente para forçar um segundo turno.
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Vale lembrar que o Rio de Janeiro é uma das capitais que mais chama atenção nas eleições. Muito disso se deve ao fato de a cidade ter 6,7 milhões de habitantes e ser um grande colégio eleitoral, que pode ditar tendências de força política no plano nacional.
Não à toa, a disputa do primeiro turno contou com nove candidatos à prefeitura carioca — além de Paes e Ramagem, concorreram:
- Carol Sponza (Novo)
- Cyro Garcia (PSTU)
- Henrique Simonard (PCO)
- Juliete Pantoja (UP)
- Marcelo Queiroz (PP)
- Rodrigo Amorim (União Brasil)
- Tarcísio Motta (PSOL)
Eleições no Rio: as polêmicas de Eduardo Paes
A grande bandeira de Paes durante a campanha das eleições do Rio deste ano foi manter o trabalho feito nos serviços públicos, focando em educação e segurança — e aqui surgiu o primeiro embate.
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Ao responsabilizar o governo do Rio de Janeiro pela situação da segurança pública no estado, Paes desencadeou uma série de confrontos com o governador Cláudio Castro (PL). A postura provocou um racha em um relacionamento institucional que marcou os últimos anos entre o estado e o município.
Recorrentemente, Paes criticava a polarização da segurança pública e classificava Castro como padrinho político de Ramagem. Como resposta, o governador carioca trabalhou nos bastidores para esvaziar a campanha do prefeito do Rio ao exonerar aliados de Paes no Executivo estadual.
Paes também não escapou de polêmicas durante a campanha para as eleições no Rio. Mas fez o mea-culpa para que a vitória não escapasse logo no primeiro turno.
Ele acabou admitindo que errou ao costurar uma aliança com o deputado Chiquinho Brazão. Ele foi secretário de Ação Comunitária até um mês antes de ser preso, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.
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Já em relação à aliança com a deputada Lucinha, investigada por envolvimento com a milícia, Paes pegou mais leve. Evocando os anos de amizade, disse que preferia aguardar o julgamento.
O filho de Lucinha, aliás, foi secretário de Envelhecimento Saudável até abril, quando saiu para disputar a reeleição na Câmara dos Vereadores.