Uma das promessas de campanha de Javier Milei era fechar o banco central da Argentina. Depois de quase seis meses da posse, a autoridade monetária continua operando — mas o presidente do país vizinho não desistiu dos planos.
Em viagem à Espanha, o presidente da Argentina garantiu nesta sexta-feira (17) que o plano de encerramento do banco central continua de pé.
Questionado sobre o assunto, Milei respondeu: “Absolutamente”. Ele não deu um prazo para que isso aconteça.
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A declaração foi festejada com aplausos por um público que recebeu com entusiasmo os posicionamentos extremos do presidente argentino.
No discurso, Milei afirmou ainda que o governo argentino anterior utilizou o banco central como um “mecanismo indireto” para as suas contas.
As declarações polêmicas de Milei
Além de retomar a promessa de fechar o banco central, Milei deu uma série de declarações polêmicas durante sua chegada a Madri.
O presidente da Argentina disse que sua chegada ao poder foi um erro que deu certo.
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“Sou um erro tipo dois. Um presidente liberal libertário não é normal em condições de pressão e temperatura. Sou um liberal em um país de esquerdistas. Eles fizeram as coisas tão mal que aqui estamos”, disse ele.
Diante de um público com ideias semelhantes, Milei justificou o que “parecem ser alguns desvios” – disse ele – em seu plano.
“O caminho para a liberdade não é um caminho reto e uniforme”, afirmou.
Milei também atacou a ideia de que “onde nasce uma necessidade, nasce um direito”. “Alguém tem que pagar os direitos”, afirmou.
*Com informações do La Nacion