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Todos contra a China? União Europeia sai à caça dos elétricos chineses com aumento de impostos

BYD Song Plus

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Os carros elétricos chineses estão conquistando o mundo, mas se depender da União Europeia (UE), os EVs asiáticos não terão lugar no Velho Mundo.

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O bloco anunciou nesta quarta-feira (12) que deve elevar as tarifas de importação para carros elétricos da China em até 38% a partir do próximo mês.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, alega que os carros chineses vêm sendo beneficiados por "subsídios injustos", representando uma ameaça e prejudicando as montadoras europeias. 

“O influxo de importações chinesas subsidiadas a preços artificialmente baixos representa, portanto, uma ameaça de prejuízo claramente previsível e iminente para a indústria da UE”, afirma o documento divulgado pelas autoridades do bloco europeu.

Europa investiga carros made in China

O aumento das tarifas ao mercado de carros asiáticos é resultado de uma investigação iniciada em outubro do ano passado pela União Europeia sobre o mercado chinês no bloco. 

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Segundo a UE, as taxas são provisórias, mas devem entrar em vigor a partir de 4 de julho. A Comissão está em negociações com as autoridades da China para discutir subsídios e buscar soluções, mas optou por aplicar tarifas provisórias enquanto não chegam a um acordo.

Valdis Dombrovskis, comissário para o comércio da UE, disse que a investigação se baseou em “fatos e provas”. Ele acrescentou que o envolvimento com as autoridades e partes interessadas da China sobre potenciais soluções ainda estava em curso.

Tesla e BYD taxadas

A decisão da UE de tentar barrar os chineses acontece um mês depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quadruplicou as tarifas sobre os elétricos chineses para 100%. 

Entretanto, ao contrário dos EUA, diversas montadoras europeias estão ligadas ao mercado chinês. Por conta disso, os carros produzidos lá também estão sujeitos a tarifas mais altas. 

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Além das principais fabricantes chinesas, como BYD, Geely e SAIC, a Tesla — montadora de elétricos do bilionário Elon Musk — pode receber uma taxação adicional calculada individualmente em uma fase posterior da medida. A Dacia, propriedade da Renault, também pode ser taxada.

Guerra comercial: todos contra a China

Com as grandes potências anunciando medidas de retaliação ao mercado de carros asiáticos, cresce a escalada de tensões comerciais entre a China, países da Europa e os EUA.

Atualmente, a Europa é o segundo maior mercado mundial para veículos elétricos, depois da China. Por lá, só as importações de EVs chineses atingiram US$ 11,5 bilhões em 2023, acima dos US$ 1,6 bilhão em 2020. 

Contudo, tanto a UE quanto os Estados Unidos enfrentam desafios em relação às empresas chinesas, que vêm conquistando o mercado com elétricos mais baratos do que as rivais no Ocidente. 

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Enquanto isso, a China já aplica um imposto de 15% sobre todos os veículos elétricos importados da Europa. Mas o país já avisou que elas podem aumentar.

*Com informações da CNBC e New York Times

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