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O primeiro prejuízo em 20 anos: o preço que o Banco Central Europeu teve que pagar para colocar a inflação de volta aos trilhos

Bandeira da zona do euro com cédulas e moedas de euro no topo; a Europa é um dos destaques da agenda econômica da semana

O Banco Central Europeu (BCE) foi vítima de sua própria política. A autoridade monetária registrou o primeiro prejuízo anual desde 2004 e a culpa é dos pesados pagamentos devido às taxas de juros mais altas.

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O BCE registrou perdas de 1,3 bilhão de euros (R$ 7 bilhões no câmbio atual), que teriam sido mais acentuadas se o banco não tivesse liberado 6,6 bilhões de euros — a totalidade da provisão para riscos financeiros, constituída ao longo de vários anos.

E o pior está por vir: o banco central responsável pela política da zona do euro disse esperar mais perdas nos próximos anos.

Apesar do recado duro, aliviou a pressão ao indicar que essas perdas futuras não afetariam “a capacidade de conduzir uma política monetária eficaz”, antes de voltar a lucros sustentados.

Juros altos são os vilões

O BCE elevou as taxas de juros de território negativo para um recorde de 4% entre julho de 2022 e setembro de 2023 em resposta à aceleração da inflação na sequência da pandemia de covid-19 e à perda parcial do acesso à energia da Rússia após a invasão da Ucrânia.

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A instituição sofreu um aumento nas despesas com juros sobre passivos importantes, enquanto as receitas de juros sobre ativos não acompanharam o ritmo, porque muitos estão sujeitos a taxas fixas ou têm vencimentos longos.

De acordo com os dados oficiais, o BCE registou uma perda líquida com juros de 7,19 bilhões de euros (R$ 38,2 bilhões) em 2023, após uma receita de 900 milhões de euros em 2022.

O BCE disse que vai transferir perda no balanço para compensar lucros futuros e não fará distribuições de lucros aos bancos centrais nacionais da zona euro referentes a 2023.

*Com informações da CNBC

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