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O dólar já era? Se depender da Rússia, sim. A proposta de Putin para Brasil, China e outros emergentes “esquecerem” de vez a moeda americana

Dólar queimando

No que depender da Rússia, o dólar está com os dias contados no comércio internacional. Moscou apresentou nesta quarta-feira (28) uma proposta para que Brasil, China, Índia e África do Sul — os países que formam originalmente os Brics — usem um sistema financeiro alternativo, que acabe de vez com a dependência da moeda norte-americana. 

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“Para que o Brics se desenvolva normalmente, precisamos pensar em criar os nossos próprios sistemas financeiros, funcionando independentemente da política, garantindo as relações comerciais entre os nossos países”, afirmou o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, à Bloomberg TV.

A proposta russa inclui o estabelecimento de um sistema de liquidação de pagamentos baseado em tecnologias digitais e blockchain, visando oferecer uma alternativa confiável, econômica e eficiente para transações comerciais entre os países membros.

Os testes na Rússia já começaram

A Rússia já estaria testando uma nova tecnologia de pagamento que pode sinalizar a criação de uma moeda do Brics. A ideia de Moscou é criar uma moeda digital baseada em blockchain dentro dos esforços para destronar o dólar no âmbito da economia global.

Segundo Siluanov, os testes devem começar com a China e os países da União Econômica da Eurásia. 

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O BRICS passou a maior parte de 2023 abraçando a ideia de mudança global em relação ao dólar. O bloco chegou a  implementar medidas de desdolarização nas suas políticas. Simultaneamente, procurou aumentar a utilização global das moedas locais.

Russos iniciam fuga do dólar

A fuga do dólar na Rússia ganhou fôlego em 2023. Em uma recente visita à China, o vice-primeiro-ministro russo, Andrei Belusov afirmou que, no ano passado, a utilização do rublo e do yuan no comércio entre os dois países atingiu 95%.

Os dados oficiais mostram que, em 2023, o comércio entre China e Rússia bateu recorde, atingindo mais de US$ 200 bilhões — meta prevista para ser alcançada em 2024.

O crescimento da relação comercial bilateral se intensificou depois que a Rússia invadiu a Ucrânia e os EUA, Europa e aliados impuseram inúmeras sanções a Moscou. 

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Essa aproximação acabou alterando a composição das transações, com as empresas chinesas ocupando o espaço deixado pelas empresas europeias e japonesas.

*Com informações da Bloomberg e da CNN

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